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Administrações garantem que não ignoram problemas dos estivadores

As administrações portuárias do Douro, Leixões, Viana do Castelo, Madeira, Lisboa, Setúbal e Sesimbra garantiram hoje, no parlamento, que não ignoram os problemas dos estivadores, vincando, porém, que não são a entidade patronal destes trabalhadores.

Administrações garantem que não ignoram problemas dos estivadores
Notícias ao Minuto

20:20 - 29/05/19 por Lusa

Economia Portos

As responsáveis destas administrações estiveram hoje numa audição conjunta na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE), sustentado por um conjunto de denúncias que apontavam para violações da lei laboral, abuso do trabalho precário e descriminações sindicais.

"A entidade empregadora dos estivadores não é a administração portuária. No entanto, não nos alheamos às questões laborais levantadas e às questões suscitadas sobre esta matéria", garantiu a presidente do Conselho de Administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), em resposta aos deputados.

Guilhermina Rego indicou que teve conhecimento de práticas antissindicais tendo reunido, ainda em 2018, com patrões e sindicatos.

"Mais tarde [...] foi pedida pela senhora ministra do Mar, [Ana Paula Vitorino], uma auditoria à Autoridade para as Condições de Trabalho, que, por sua vez, não encontrou qualquer fundamento para as queixas apresentadas pelo SEAL [Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística]", acrescentou.

Por sua vez, a presidente da administração dos portos da Região Autónoma da Madeira, Lígia Correia, também afirmou que "os trabalhadores portuários não são trabalhadores da administração portuária, mas das empresas empregadoras", acrescentando que teve conhecimento dos abusos referidos pelo partido requerente.

Neste sentido, a administração optou por confrontar a empresa de trabalho portuário "e recebeu a resposta de que estava tudo em conformidade e que não havia discriminação".

Lígia Correia disse ainda que o SEAL fez chegar as denúncias à Inspeção Regional do Trabalho, que desenvolveu várias ações, sem detetar quaisquer irregularidades.

A administração "tem acompanhado o processo e tem concluído que os trabalhos e questões levantadas não se verificaram como sendo verdadeiras e sabemos que houve um acordo recente entre o empregador e o SEAL, que terminou uma greve que existia até então", notou.

Opinião semelhante foi apresentada pela presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa (APL) e dos portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).

"As relações laborais entre operadores portuários e os trabalhadores portuários são relações que não estão diretamente cometidas às administrações, o que [...] não impede que as administrações portuárias tenham a preocupação de acompanhar esse processo", afirmou Lídia Sequeira.

A responsável referiu que, quando assumiu funções em Lisboa, "tinha havido uma longa greve de cerca de quatro anos que perturbou profundamente todo o trabalho e desenvolvimento da atividade portuária", tendo, por isso, o início do seu mandato ficado marcado pela mediação do conflito laboral.

"Igualmente em Setúbal devo dizer-vos que foi minha preocupação [...] constatar que no porto não havia nenhum acordo nem contrato coletivo de trabalho. Havia uma relação laboral cujo contrato tinha caducado e não havia nenhum acordo entre as partes. Não havia situação de conflito, mas não havia esse laço legal [...] e, portanto, foi minha preocupação reunir com entidades patronais e fomentar início de negociações com sindicato", concluiu.

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