Trabalhadores da EDP alertam acionistas que "empresa não é só números"
Cerca de uma centena de trabalhadores da EDP concentraram-se hoje à porta da sede da elétrica, em Lisboa, para alertar os acionistas que "a empresa não é só números, é também trabalhadores e é também pessoas".
© Fundação EDP
Economia Protestos
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Gervásio, da Fiequimetal (CGTP), federação de sindicatos que convocou ação de protesto para reclamar a "resolução sobre a situação laboral" realçou as condições sobretudo "dos trabalhadores que estão há menos tempo na empresa".
"Os acionistas têm que perceber que esta empresa não é só números, não é só ações, é também trabalhadores e é também pessoas. Não é só os dividendos que eles [acionistas] levam, que este ano ultrapassam os lucros que a empresa teve", afirmou o sindicalista.
O responsável da Fiequimetal adiantou que o objetivo da ação de protesto, enquanto decorre a reunião anual de acionistas da elétrica liderada por António Mexia, é "alertar para as condições de trabalho e de progressão na carreira, sobretudo dos trabalhadores que estão há menos tempo na empresa, porque a EDP fez um corte geracional que provocou que não tenham os mesmos direitos do que os mais antigos".
"E, portanto, decidimos vir hoje aqui para eles perceberem isso. [Estes trabalhadores] não têm os mesmos direitos que os trabalhadores mais antigos nem vão ter hipótese de lá chegar", afirmou, dando como exemplo a progressão na carreira "muito demorada", levando 60 anos para chegar ao topo.
Os sindicatos dos trabalhadores da EDP e a administração chegaram já este ano a acordo para um aumento salarial de 1,2% em 2019, em todas as bases remuneratórias, e um prémio de produtividade de 200 euros.
A assembleia-geral de acionistas da EDP, que se realiza hoje, pode pôr um ponto final na oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) sobre a elétrica, se for chumbada a proposta de desblindagem dos estatutos.
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