Trump pede à China fim imediato das tarifas agrícolas
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu na sexta-feira à China o fim imediato das tarifas aos produtos agrícolas norte-americanos face aos avanços nas negociações comerciais entre os dois países, adiantou a Efe.
© Lusa
Economia Guerra comercial
"Pedi à China que levante de imediato todas as tarifas aos nossos produtos agrícolas (incluindo a carne de vaca, de porco, etc.), tendo em conta os progressos que temos feito nas negociações comerciais", escreveu Trump na sua conta no Twitter.
O presidente norte-americano também citou a sua recente decisão de adiar um aumento de 10% a 25% das tarifas a importações chinesas avaliadas em 200 mil milhões de dólares (perto de 176 mil milhões de euros), que devia entrar hoje em vigor.
"Isto é muito importante para os nossos agricultores e para mim", acrescentou o presidente dos EUA.
O pedido de Trump é uma resposta às consequências que está a ter a guerra comercial entre os EUA e a China para as comunidades rurais norte-americanas, as quais concentram uma grande parte da base social de apoio do presidente norte-americano.
I have asked China to immediately remove all Tariffs on our agricultural products (including beef, pork, etc.) based on the fact that we are moving along nicely with Trade discussions....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 1, 2019
....and I did not increase their second traunch of Tariffs to 25% on March 1st. This is very important for our great farmers - and me!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 1, 2019
Na semana passada, a governadora da Dakota do Sul alertou que a guerra comercial tinha devastado o seu estado.
No último fim de semana, Trump decidiu adiar a subida das tarifas, no final de uma nova ronda de conversações entre a sua equipa e a delegação chinesa.
Trump destacou os "avanços substanciais" numa série de "assuntos estruturais", como a transferência de tecnologia, a propriedade intelectual, a agricultura e as moedas.
O presidente mostrou-se otimista sobre a ratificação de um acordo, que pode acontecer em março numa cimeira com o seu homólogo chinês, Xi Jingping, em Mar-a-Lago, a residência de férias que Trump detém no estado da Florida.
Xi Jingping e Donald Trump acordaram em dezembro uma trégua de 90 dias na guerra comercial, ao longo da qual a China aplicou várias medidas para demonstrar boa vontade para fechar um acordo, como a redução de impostos sobre veículos dos EUA e a retoma da compra de soja ao país.
No entanto, em Washington reina algum ceticismo, considerando-se que nestes meses Pequim mostrou pouco interesse em aceitar mudanças em temas mais delicados.
Os EUA registam em relação à China um considerável défice comercial, algo que Trump atribui às "injustas práticas" do gigante asiático e que estiveram na origem da guerra de tarifas.
Em 2017, os EUA exportaram para a China produtos no valor de 130 mil milhões de dólares (cerca de 115 mil milhões de euros), enquanto as vendas de Pequim para o mercado norte-americano ascenderam a 506 mil milhões de dólares (cerca de 445 mil milhões de euros).
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