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Tomás Correia contra eleições antecipadas para administração da AMM

Tomás Correia, que esta quinta-feira renovou a liderança da Associação Mutualista Montepio, considera que não será necessário eleger uma nova administração para a associação após ser concluída a alteração dos estatutos, afirmando esperar cumprir o mandato até ao fim.

Tomás Correia contra eleições antecipadas para administração da AMM
Notícias ao Minuto

20:17 - 03/01/19 por Lusa

Economia Presidentes

"Penso cumprir integralmente", disse Tomás Correia aos jornalistas, quando questionado sobre a hipótese de a meio do mandato entregar o cargo de presidente da Associação Mutualista Montepio a um dos atuais vogais.

Tomás Correia tomou hoje posse como presidente do Conselho de Administração Associação Mutualista do Montepio, por mais três anos (2019-2021), depois de a sua lista (lista A) ter ganhado as eleições de dezembro com 43,2% dos votos, ainda que perdendo a maioria absoluta.

Além do gestor, o Conselho de Administração conta com Carlos Morais Beato, Virgílio Lima (ambos já integravam a anterior equipa), Idália Serrão (que renunciou ao mandato de deputada do PS para assumir este cargo) e Luís Almeida (ex-administrador da Caixa Económica Montepio Geral, quando o banco era liderado por José Félix Morgado).

Quanto à revisão dos estatutos da Associação Mutualista Montepio, que este ano tem de ser concluída, e a hipótese que é falada de haver novas eleições após esse processo para adaptar os órgãos sociais às novas regras do governo interno, Tomás Correia disse que não vê necessidade de interromper mandatos, nomeadamente da administração.

"O novo código prevê a existência de quatro órgãos, eventualmente cinco, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal, Conselho de Administração, Conselho Geral (facultativo) e Assembleia de Representantes. Os estatutos não têm a necessidade de alterar os poderes e o papel da Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de Administração, por conseguintes estes órgãos sociais estão eleitos para três anos e não vejo necessidade de se alterarem os mandatos em curso", disse Tomás Correia aos jornalistas.

Ainda assim, afirmou, caberá à assembleia-geral tomar essa decisão.

Quanto à Assembleia de Representantes, disse que para este órgão poderá haver eleições antes do fim do mandato em curso, uma vez que este órgão social não existe e terá de ser criado.

Ainda assim, acrescentou que não se quer antecipar ao que será decidido pela Comissão de Revisão dos estatutos, a ser eleita na assembleia-geral de março, que poderá ter outro entendimento.

Quanto aos membros da comissão que fará a revisão de estatutos, esses terão de ser eleitos em assembleia-geral, provavelmente em março, podendo os associados fazer uma proposta.

Tomás Correia afirmou hoje que o Conselho de Administração deverá fazer uma proposta para os elementos a integrar a comissão de revisão, mas que ainda não tem opinião sobre se essa lista deverá ser participada por pessoas que nas últimas eleições (em dezembro) concorreram por listas da oposição.

Em 2019, antecipa-se que o ano da Associação Mutualista Montepio ficará marcado pela revisão dos estatutos, obrigatória para que a entidade esteja em linha com o novo código mutualista.

A revisão dos estatutos na Associação Mutualista Montepio irá, desde logo, alterar aspetos do modelo de governação.

Poderá desaparecer o atual Conselho Geral e será obrigatoriamente criada uma Comissão de Representantes (obrigatória para mutualistas com mais de 100 mil associados), eleita por método proporcional, que será a responsável por decidir sobre muitas das questões que, atualmente, vão a assembleia-geral, como as contas de cada ano e o programa de ação e o orçamento do ano seguinte.

Deverá ainda ser alterada a duração do mandato dos órgãos sociais, provavelmente para quatro anos, face aos três anos de hoje.

Tomás Correia falou também aos jornalistas da escolha de João Ermida para presidente não executivo da Caixa Económica Montepio Geral, depois de o Diário de Notícias ter noticiado hoje que aquele foi sócio de António Godinho, que encabeçou a lista C nas últimas eleições e é seu opositor, tendo este recusado uma tensão sobre o nome escolhido e dito que a escolha feita no âmbito de uma reflexão entre si e o presidente do banco Montepio, Carlos Tavares.

"O Dr. João Ermida foi responsável financeiro global do banco Santander e não é uma pessoa qualquer que tem condições para assumir essa responsabilidade. É um grande profissional da banca e, se o Banco de Portugal não tiver qualquer entrave, teremos muito gosto em que assuma responsabilidades", vincou.

Sobre a reunião do Conselho de Administração em que foi escolhido o nome de João Ermida para 'chairman' do banco, disse que aconteceu em 27 de dezembro com três membros (o próprio Tomás Correia, Carlos Morais Beato e Virgílio Lima, ou seja, os administradores da anterior equipa que se mantêm) uma vez que os restantes dois "primaram pela ausência". Ribeiro Mendes, que integrava a administração que hoje cessou funções, candidatou-se contra Tomás Correia pela lista B nas eleições de dezembro.

Quanto a João Ermida, fez carreira no Grupo Santander, tendo saído em 2003 desiludido com o sistema financeiro, segundo disse em entrevista à Visão publicada em 2017.

A Associação Mutualista Montepio Geral, com mais de 600 mil associados, é o topo do grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária a Caixa Económica Montepio Geral, que desenvolve o negócio bancário.

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