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"Peço aos adeptos que nos ajudem a elevar o Benfica e Castelo Branco"

Guarda-redes do Benfica e Castelo Branco apela ao apoio dos albicastrenses à equipa da cidade, numa altura em que a formação luta para evitar a descida ao Campeonato de Portugal

"Peço aos adeptos que nos ajudem a elevar o Benfica e Castelo Branco"
Notícias ao Minuto

07:54 - 05/04/22 por Rodrigo Querido

Desporto Exclusivo

O Benfica e Castelo Branco é um dos históricos do futebol nacional, mas, neste momento, encontra-se a lutar para se manter no Campeonato de Portugal, depois de uma fase regular que não correu bem aos albicastrenses.

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, André Caio, uma das figuras da equipa da Beira Baixa, mostrou-se confiante quanto à continuidade do Benfica e Castelo Branco naquele que é o quarto escalão do futebol português, e deixou um apelo às gentes da cidade para que apoiem o clube nesta reta final de temporada.

Sobre o futuro, André Caio está aberto a uma mudança para um patamar superior, mas desde que essa seja, como o próprio fez questão de referir, uma "oportunidade real".

Este ano, o orçamento ia baixar, e já sabíamos disso, mas, a nível de resultados, as coisas não correram bem desde o início e, a partir daí, formou-se uma bola de neveEstá a cumprir a quinta época ao serviço do Benfica e Castelo Branco, clube da cidade de onde é natural. Foi importante esta estabilidade que encontrou?

Saí do FC Porto por vontade própria, eles queriam renovar comigo mas eu não aceitei. O que mexe comigo é a competição. Em Mafra, tive umas lesões e encontrei a estabilidade na terra-natal. Queria mais era jogar. É o clube da cidade, a vontade é diferente e motivação é outra. A competição foi o que me puxou mais para ficar cá estes anos e jogar o máximo de jogos possíveis. Tenho um sentimento diferente por jogar no Benfica de Castelo Branco, há uma maior responsabilidade, e eu gosto disso. Temos aquela responsabilidade de defender a cidade, e isso é muito bom. Sinto mais orgulho por estar cá.

A equipa, este ano, está a lutar pela permanência no Campeonato de Portugal, depois de já ter estado na luta pela subida em épocas anteriores. O que se passou nesta temporada?

Este ano, o orçamento ia baixar, e já sabíamos disso, mas a nível de resultados as coisas não correram bem desde o início e, a partir daí, formou-se uma bola de neve. Houve muitos jogadores a sair, o treinador também saiu a meio, e muita gente a abandonar o barco quando não devia. Estamos a tentar reerguer-nos com o mesmo orçamento, o clube e a direção estão a fazer um esforço grande. Agora estamos um bocado melhores, com melhores exibições, mas os bons resultados também não estão a aparecer de forma frequente, como queríamos. Mas estamos a evoluir. Ao nível da cidade, já se fala que nos últimos jogos o empenho e a maneira de jogar foram outros.

Para os jogadores, é importante termos os adeptos do nosso lado para nos ajudar a salvar esta época e nos mantermos nesta divisão

Disse agora que houve adeptos que se aproximaram mais ao clube quando os resultados deixaram de ser mais negativos. Sente que isso não devia ser assim, e que os adeptos deviam apoiar sempre o clube?

Sem dúvida. Quem gosta e apoia muito esta equipa, esteve lá desde sempre. Claro que, como em todos os clubes, quando os resultados não aparecem, os adeptos afastam-se mais, e isso é normal. Por isso é que, constantemente, peço aos adeptos e à cidade que nos apoiem, e ainda agora fiz isso quando começou a fase de manutenção do Campeonato de Portugal. Para os jogadores, é importante termos os adeptos do nosso lado para nos ajudar a salvar esta época e nos mantermos nesta divisão, onde merecemos estar, para que nas próximas épocas o objetivo seja outro.

Caso a equipa se mantenha no Campeonato de Portugal, o clube tem condições para pensar noutros voos?

Sim, sempre teve desde que estou cá. Ainda há pouco tempo, disse no balneário aos meus colegas que eu vim para cá para subir de divisão, e, neste momento, estou a lutar para não descer. O clube tem as condições todas para estar, perfeitamente, numa Liga 3. Para nós, isso era o ideal, para depois encontrarmos outras bases e organização mais fortes, e planear uma II Liga. Mas isso só daqui a alguns anos e com uma base bem sustentada.

Eu quero mostrar-me ao mais alto nível, seja na I Liga, na II Liga ou na Liga 3, que é onde estão os melhores jogadores em Portugal

Quais são os seus objetivos para o futuro? Não pensa em voltar a jogar em campeonatos profissionais de futebol?

As propostas já caíram. Nestes cinco anos em Castelo Branco, só no primeiro ano é que não apareceram. E, mesmo este ano, tive propostas da Liga 3, assim como já chegaram do estrangeiro. Mas a realidade é que estou focado em melhorar o nível do clube e a tentar subir. Depois, encontrei aqui uma estabilidade no clube que é muito importante, assim como a nível familiar. Tenho sempre um pé atrás, mas, quando sentir que a oportunidade é real, ou seja, para ir competir, eu dou esse passo. Eu quero mostrar-me ao mais alto nível, seja na I Liga, na II Liga ou na Liga 3, que é onde estão os melhores jogadores em Portugal. Acho que é isso que não sinto quando a proposta me chega. Nós somos jogadores e sentimos isso. Quando nos dizem que vens lutar pelo lugar, sabemos que não é bem assim e que os treinadores vão contratar para jogar. Ainda não senti isso na maioria, tive apenas um ou dois clubes em que isso aconteceu, mas houve pormenores que não aceitei. Mas claro que, quando chegar a oportunidade real, eu vou avançar, porque quero muito competir com os melhores. É isso que mexe comigo, porque sou um animal competitivo.

E que mensagem quer deixar aos adeptos do Benfica e Castelo Branco?

A mensagem é clara. Enquanto clube, estamos a representar uma cidade, e peço aos adeptos para nos virem e nos ajudar muito a manter muito o clube e a cidade e a elevar mais o Benfica e Castelo Branco, assim como a cidade, a outros patamares. Este ano, é manter, e nos próximos tempos, é elevar o clube. Quando a equipa está bem, a cidade também está, e é isso que estamos a precisar a nível de desporto. Peço muito apoio, porque a equipa precisa, tanto à cidade, como àqueles que não gostam de futebol. O trabalho está a ser feito. Todos os dias trabalhamos muito, às vezes até sem dias de folga. O desporto afeta sempre a todos os níveis, e esta pode ser a maneira de elevarmos a cidade.

Leia Também: "Não me estreei no FC Porto sempre por causa de algo externo"

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