O FC Porto quebrou um enguiço e voltou a vencer, na noite de sexta-feira, em casa do Moreirense por 4-2, em joga da 16.ª jornada da I Liga. Os dragões voltam a vencer em Moreira de Cónegos quatro anos depois, num encontro que voltou a ser difícil para os comandados de Sérgio Conceição.

O resultado acaba por ser justo porque o FC Porto foi, no cômputo geral da partida, superior à equipa da casa, mas o Moreirense acabou por ser uma equipa atrevida e que esteve perto de voltar a surpreender os portistas. Os cónegos entraram a todo o gás e marcaram logo nos primeiro minutos de jogo por Fábio Abreu.

Os azuis e brancos não acusaram o golo sofrido e deram a volta ao marcador com dois golos de Soares e Alex Telles em apenas sete minutos, antes de João Aurélio voltar a igualar o marcador praticamente em cima do apito para o intervalo.

No segundo tempo, os homens de Ricardo Soares entraram à procura de continuar a criar dificuldades ao FC Porto, mas os dragões foram superiores e conseguiram dominar os homens da casa, marcando dois golos que acabaram com as esperanças dos cónegos.

A figura: Corona foi o homem do encontro pelas boas razões e já na parte final pela más razões. O mexicano, sempre muito ativo no lado direito do ataque dos dragões, foi o autor do cruzamento, de pé esquerdo, para o golo de Tiquinho Soares. Depois sofreu a falta dentro da grande área que deu origem à grande penalidade convertida por Alex Telles. Já na parte final do segundo tempo o mexicano marcou aquele que foi o golo do golo com um golaço de primeira a fechar o resultado final. Corona acabaria por borrar a pintura com uma expulsão algo infantil nos minutos finais.

A surpresa: Fábio Abreu foi um dos mais inconformados do lado do Moreirense. O angolano surpreendeu tudo e todos no lance do primeiro golo e continuou a ser uma autêntica dor de cabeça para a defesa portista durante os 90 minutos. Esteve perto de bisar no encontro, mas deixou a bola passar à frente do seu pé, a qual acabaria mesmo por entrar após um cruzamento-remate de João Aurélio.

A desilusão: Uribe esteve muito abaixo do que já tem demonstrado ao serviço dos portistas. O colombiano tem sido um dos motores da criação de jogo dos portistas esta temporada, mas no jogo desta sexta-feira esteve um pouco desaparecido, muito por causa do pouco espaço que os jogadores do Moreirense concederam. Acabaria por ser substituído por Luis Diaz no início da segunda parte.

Treinadores:

Ricardo Soares: Boa exibição dos cónegos no primeiro jogo em casa com o novo treinador, que sucedeu a Vítor Campelo. Os cónegos foram uma equipa descomplexada e não tiveram medo de enfrentar um adversário poderoso como o FC Porto. Os minhotos procuraram quase sempre sair a jogar a partir da defesa, quase sempre com sucesso. Olhou nos olhos um adversário mais forte, mas o combustível não chegou para os 90 minutos. Melhorou muito em relação à derrota frente ao Paços de Ferreira.

Sérgio Conceição: Sem dois dos habituais titulares na zona central do terreno, o técnico fez alinhar a dupla estreante formada por Diogo Leite e Mbemba que cumpriu os 90 minutos de forma coesa e tranquila. Não se notaram as ausências de Pepe e Marcano. Lançou um onze praticamente igual ao que tem apresentado nos últimos encontros, e conseguiu que a sua equipa desse a volta a um resultado negativo em pouco minutos. No segundo tempo percebeu que Uribe não estava a corresponder e lançou em campo Luis Diaz, colocando Otávio no meio. O brasileiro foi aposta ganha na zona central ao lado de Danilo e o colombiano acabaria mesmo por marcar o terceiro. Depois de muitas dores de cabeça nos últimos, o treinador consegue ganhar pela primeira vez em Moreira de Cónegos.

Arbitragem

Jogo difícil para Artur Soares Dias. Ainda assim, o portuense esteve à altura e soube gerir o encontro. Recorreu ao VAR quando necessário. Mostrou pulso durante 90 minutos num encontro que foi sempre intenso.

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