Festival Metadança quer dançar no presente o passado intercultural
A tradição cristã, muçulmana e judaica de Leiria inspiram a sétima edição do Metadança, festival dedicado às artes performativas que acontece na cidade entre 21 e 29 de abril.
© Reuters
Cultura Leiria
Orientado sobretudo para a performance em espaço público, o festival realiza-se este ano no Centro de Diálogo Intercultural de Leiria (CDIL), projeto cultural instalado na Igreja da Misericórdia e Casa dos Pintores, na zona histórica da cidade.
Ali, onde é contada a história de boa parte do que é a identidade de Leiria e onde se reflete sobre a interculturalidade da cidade, onde houve presença islâmica e hebraica, decorrerá uma residência artística com alunos da Escola Superior de Dança.
Segundo o responsável pelo festival, o desafio será "unir todas essas diferentes realidades na contemporaneidade", de modo a desenvolver "uma visão híbrida" a apresentar num espaço "tão marcado por acontecimentos históricos e sociais", como a Igreja da Misericórdia, que terá sido construída sobre a antiga sinagoga de Leiria.
Para coreógrafo João Fernandes, através da dança, nesta edição será procurada resposta para uma questão: "Como é que os acontecimentos do passado alimentam o presente?".
A sétima edição do festival reforça, segundo o organizador, "a ideia de que a dança pode assumir várias estéticas e ser apresentada em diferentes espaços", convidando "à aproximação dos públicos aos equipamentos culturais".
A par disso, o festival, que mantém uma parceria com a Escola Superior de Dança e o Instituto Politécnico de Lisboa, explora o campo da investigação, "abrindo os horizontes daquilo que pode ser denominado de dança".
"Todos os anos procuramos experiências novas para quem integra este festival e, fundamentalmente, para o público", afirma João Fernandes, que deseja lançar este ano "um ciclo de programação ainda mais eclético" para levar a Leiria "novas pessoas e tendências"
O festival Metadança arranca com a residência artística, no dia 21 de abril.
Dia 23, é inaugurada na Casa dos Pintores "Limite", uma exposição/instalação em associação com a Zenith 9.
No Teatro José Lúcio da Silva, dia 27 de abril, é apresentado o programa "3 coreógrafos", com "Profunda pele", peça de João Fernandes e Ângelo Neto com alunos da Escola Superior de Dança, e outra de Madalena Xavier, "Quantos podemos ser", com o Grupo Experimental de Dança de Caldas da Rainha.
Nos dias 28 e 29 de abril, há mostra de vídeo-dança na Casa dos Pintores onde, a par da Igreja da Misericórdia, são apresentadas as performances criadas em contexto de residência artística.
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