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Faustin Linyekula dança "More more more... Future" na Gulbenkian

O coreógrafo Faustin Linyekula, Artista na Cidade 2016, apresenta, na quinta e na sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a peça "More more more... Future", sobre a possibilidade de um futuro, a partir das ruínas da guerra.

Faustin Linyekula dança "More more more... Future" na Gulbenkian
Notícias ao Minuto

19:03 - 07/11/16 por Lusa

Cultura Coreógrafos

Até dezembro, no âmbito da programação Artista na Cidade, vão ser ainda apresentados espetáculos de Linyekula noutros espaços culturais da capital, uma conferência e um documentário sobre a relação do criador congolês com Lisboa.

Em "More more more... Future", o também bailarino baseia-se no Ndombolo, um género de música e dança que costuma habitar as noites de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e que o artista descreve como "filha bastarda da rumba, dos ritmos tradicionais, das fanfarras de domingo na igreja e do 'funk' da Sex Machine".

Nesta criação, Faustin Linyekula une a música, às vozes e à dança, para alimentar sonhos de um futuro que parece à partida condenado pelo legado das gerações anteriores, para que se torne possível, segundo as suas palavras sobre a peça, "construir um pouco mais de futuro sobre estas ruínas".

A direção artística é de Faustin Linyekula, a criação musical de Flamme Kapaya, figurinos de Xuly Bët, textos de Antoine Vumilia Muhindo, e estarão em palco o próprio coreógrafo e os bailarinos Dinozord e Papy Ebotani.

Faustin Linyekula nasceu em 1974, no antigo Zaire, hoje República Democrática do Congo, e o seu percurso integra uma dezena de criações que foram apresentadas mundialmente, incluindo colaborações com a Comédie-Française, o coreógrafo Raimund Hoghe e o Ballet de Lorraine.

Em 2001, Linyekula fundou os Studios Kabako em Kinshasa, transferindo-os em 2006 para Kisangani, a cidade congolesa onde cresceu, e onde se realizam oficinas, se encontra um estúdio de gravação e são recebidos artistas em residência, onde se organizam espetáculos e concertos nos bairros populares, e se produzem as obras de Faustin e de ouros artistas congoleses.

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