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Fundação Saramago recorda Sampaio como nascido "para diálogo"

A Fundação José Saramago lamentou hoje a morte de Jorge Sampaio, recuperando um elogio antigo que o Nobel da Literatura fez ao ex-Presidente da República como uma "personalidade nascida para o diálogo civilizado".

Fundação Saramago recorda Sampaio como nascido "para diálogo"
Notícias ao Minuto

11:50 - 10/09/21 por Lusa

Cultura Óbito/Sampaio

Na rede social Twitter, a Fundação José Saramago prestou hoje homenagem a Jorge Sampaio ao recordar um curto texto que o escritor português escreveu num blogue em fevereiro de 2009, a propósito do antigo chefe de Estado.

Saramago descreveu-o como "um homem, sóbrio, inteligente, sensível" que, durante os dois mandatos na Presidência da República (1996 e 2006), "deixou a marca de uma personalidade nascida para o diálogo civilizado, para a procura livre de consensos, sem nunca esquecer que a política, ou é serviço da comunidade, serviço leal e coerente, ou acaba por tornar-se em mero instrumento de interesses pessoais e partidários nem sempre limpos".

"Com Jorge Sampaio não há palavras falsas, podemos fiar-nos no que diz porque é o retrato do que pensa", escreveu Saramago em 2009, recordando que em finais dos anos 1980 chegaram a estar lado a lado na campanha das eleições autárquicas para a câmara de Lisboa, que Sampaio venceria.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 1960, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006, pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, que fundou em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

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