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'Mar de Aral' e 'Aqui é um bom lugar' premiados no festival AmadoraBD

Os livros 'Mar de Aral', de José Carlos Fernandes e Roberto Gomes, e 'Aqui é um bom lugar', de Ana Pessoa e Joana Estrela, foram dois dos distinguidos pelos prémios do festival AmadoraBD, revelou a organização.

'Mar de Aral' e 'Aqui é um bom lugar' premiados no festival AmadoraBD
Notícias ao Minuto

13:45 - 28/10/19 por Lusa

Cultura Livros

O festival, que anualmente premeia BD e ilustração para a infância e juventude publicadas em Portugal, atribuiu dois prémios a 'Mar de Aral': o de melhor obra de autor português e melhor argumento de autor português.

'Mar de Aral' é um projeto antigo com argumento de José Carlos Fernandes, um dos mais prolíficos autores portugueses que há muito não publicava BD, e com desenho de Roberto Gomes, tendo ganhado edição este ano pela G-Floy com a Comic Heart, em português e com tradução em castelhano, basco, francês e polaco.

A cumprir a 30.ª edição, o festival internacional de banda desenhada AmadoraBD está num momento de transição, com mudanças na direção e no modelo de programação, com implicações também no figurino dos prémios que habitualmente distinguem o ano editorial de BD e ilustração. Este ano, os prémios têm menos categorias.

Além de 'Mar de Aral', que se destaca por ter sido distinguido com dois prémios, o AmadoraBD atribuiu o prémio de melhor desenho de autor português a Alberto Varanda (português que cresceu e trabalha em França) pelo livro 'A morte viva' (Ala dos Livros), com argumento de Olivier Vatine.

'Verões felizes', de Zidrou e Jordi Lafebre, pela Arte de Autor, foi eleito a melhor obra estrangeira de BD, e 'Akira', de Katsuhiro Otomo numa edição da JBC Portugal, recebe o prémio de melhor BD clássica.

Joana Estrela recebe o prémio de melhor ilustradora com o livro 'Aqui é um bom lugar', com texto de Ana Pessoa e edição da Planeta Tangerina.

O prémio de melhor ilustradora estrangeira foi para a sul-coreana JiHyeon Lee, com o primeiro álbum ilustrado - 'A Piscina' - editado em Portugal pela Orfeu Negro.

Há ainda dois prémios de destaque nesta edição: Fábio Veras, que em 2018 lançou o primeiro álbum, 'O jardim dos espectros', recebe o prémio Revelação, e Filipe Melo, músico e argumentista, coautor de livros como a série 'Dog Mendonça e Pizzaboy' e 'Vampiros', recebe o Troféu de Honra.

Este último é atribuído pela Câmara Municipal da Amadora, sob proposta da direção do festival, a uma entidade ou personalidade que "pelo seu trabalho e dedicação se tenha destacado na área da Banda Desenhada".

Segundo o festival, o prémio do público será revelado na quinta-feira, dia 31.

O AmadoraBD começou no dia 24 no Fórum Luís de Camões, onde estão patentes 20 exposições de banda desenhada e ilustração, entre as quais uma dedicada a Jorge Coelho, o autor português que assina a imagem gráfica do festival, outra que assinala os 80 anos da criação de Batman e outra ainda sobre o editor norte-americano Stan Lee, que morreu em 2018.

"O festival tem muito potencial, mas este ano não tivemos tempo de pensar em estratégias. Esta é uma fase de transição, é tipo um 'ano zero'", afirmou à agência Lusa a nova diretora criativa do festival, Lígia Macedo, que substitui Nelson Dona, que esteve à frente do festival durante duas décadas.

Assim, estão presentes exposições organizadas, por exemplo, pela Chili Com Carne, com uma coletiva dos autores Xavier Almeida, Tiago Baptista e Mariana Pita, pela Polvo com a mostra dedicada ao livro 'Grande', de André Ducci, a lançar durante o festival, e três exposições do recente coletivo editorial A Seita, com álbuns de Zé Burnay, José Nuno Fraga e de Mauro Boselli com Michele Cropera.

Mantém-se a zona comercial e a zona de autógrafos.

O festival termina no domingo, dia 3 de novembro.

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