Associações de pais exigem que Governo altere data dos exames
A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais não compreende por que razão o Governo não altera a data dos exames nacionais e exigiu hoje que o Ministério da Educação faça essa alteração para não prejudicar os alunos.
© LUSA
País Lisboa
Em comunicado, a Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap) diz não conseguir compreender por que motivo o Ministério da Educação (MEC) não altera a data dos exames de português e latim, marcados para dia 17, dia de greve dos professores.
“Se antes pedimos a compreensão dos Sindicatos, que responderam positivamente com o compromisso de não alterar a data da greve, hoje, exigimos, a alteração da data dos Exames de forma a não criar diferenças entre os alunos que os vão efetuar”, lê-se no comunicado.
A Ferlap sublinha que os alunos “não necessitam de braços de ferro”, mas sim da “inteligência de quem os governa”: “E essa inteligência passa por aproveitar a oportunidade de ter a possibilidade de oferecer a todos os alunos o mesmo dia para efetuar os seus exames”.
A Federação de associações de pais diz também ter visto com satisfação o facto de os sindicatos de professores terem tido em consideração as preocupações dos pais e educadores, assumindo o compromisso de não alterarem a data da greve, caso o MEC alterasse a data dos exames, o que, para a Ferlap, mostrou “a sua vontade de não prejudicar os alunos, mas apenas de marcar as suas posições contra as políticas do Governo”.
A Ferlap pede ainda aos governantes que “sejam inteligentes” e diz-se disponível para encontrar soluções.
Também a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) apelou no sábado ao ministro Nuno Crato para suspender de imediato os exames do Ensino Secundário marcados para segunda-feira, alegando que não existem condições para que todos os alunos realizem o exame com normalidade.
No sábado, milhares de professores - cerca de 50 mil, segundo os sindicatos - foram para Lisboa protestar contra as políticas do Governo, numa luta a que prometeram dar continuidade na segunda-feira e na greve geral de dia 27.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.
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