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Precariedade no Ensino Superior é maior do que se esperava, diz sindicato

Os números sobre a precariedade no Ensino Superior hoje divulgados pelo Governo revelam uma realidade pior do que se esperava, considera o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que quer diálogo e a "correção real" da situação.

Precariedade no Ensino Superior é maior do que se esperava, diz sindicato
Notícias ao Minuto

21:16 - 03/02/17 por Lusa

País SNESup

Lisboa, 03 fev - Os números sobre a precariedade no Ensino Superior hoje divulgados pelo Governo revelam uma realidade pior do que se esperava, considera o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que quer diálogo e a "correção real" da situação.

No dia em que o Ministério da Finanças divulgou um relatório sobre o número de trabalhadores precários no Estado o presidente do SNEsup, Gonçalo Velho, disse à Lusa que os resultados vieram dar razão às queixas do SNESup, que a precariedade no ensino superior "é muito superior" ao expectável, e que ainda há correções a serem feitas que vão "aumentar ainda mais os números".

De acordo com o relatório hoje divulgado pelo Ministério das Finanças estão identificados quase 100 mil trabalhadores sem vínculo permanente na Administração Central e empresas públicas. Desse total a maior fatia diz respeito a contratos de trabalho a termo resolutivo (69.988), seguidos de contratos de prestação de serviços (12.834), bolsas de investigação (3.662), contratos de emprego-inserção (1.834) e estágios remunerados (793).

O documento dá conta de 3.622 bolseiros e 11.180 docentes em condições precárias. O sindicato já tinha manifestado preocupações sobre a matéria, indicando a existência de cerca de 3.000 bolseiros e 10.000 docentes precários.

Gonçalo Velho disse à Lusa que os números do Governo ainda pecam por defeito, que o número de bolseiros por doutoramento é superior e que a precariedade no ensino superior também é mais elevada.

"Há uma grande contestação na comunidade ao ministro Manuel Heitor", visível por exemplo numa petição sobre o fim da precariedade que juntou seis mil assinaturas, e as medidas preconizadas pelo Governo alcançam apenas 25% do quadro global, disse o responsável.

"As medidas até agora não estão à altura de resolver o problema. Até agora não houve uma única medida que corrija a situação", disse Gonçalo Velho, acrescentando que em média só das universidades estão a sair 200 docentes por ano, enquanto o ministro (da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) fala em admitir 100.

Gonçalo Velho considerou essencial que o sindicato se reúna agora com o Governo, para analisar os números e "corrigir o que tem de ser corrigido", porque "medidas no passado só levaram à contestação e não resolveram o problema" da precariedade.

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