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Portugal disposto a aumentar oferta de acolhimento de refugiados

O ministro dos Negócios Estrangeiros declarou hoje, no Luxemburgo, que Portugal tem que "fazer um esforço de generosidade" no quadro de solidariedade europeia face à crise migratória, estando disposto a aumentar a oferta de acolhimento de 1.500 refugiados.

Portugal disposto a aumentar oferta de acolhimento de refugiados
Notícias ao Minuto

11:49 - 05/09/15 por Lusa

País Rui Machete

Falando à saída de uma reunião informal de chefes de diplomacia da União Europeia, que hoje discutiram a crise migratória, Rui Machete apontou que os Estados-membros "finalmente compreenderam" que a crise humanitária extremamente grave que se está a viver exige "uma atitude francamente de apoio humano", para o qual Portugal está disposto a contribuir de forma generosa, dentro das suas possibilidades, embora seha ainda necessário definit os termos da distribuição de refugiados entre os Estados-membros.

"Nós já tínhamos feito uma oferta de (acolhimento de) 1.500 refugiados e estamos dispostos, dentro das nossas possibilidades, a aumentar esse número, porque o problema humano o exige. Portanto, não vamos limitar-nos a esse número, vamos aceitar um número dentro daquilo que seja a equidade de uma repartição razoável, mas temos que fazer um esforço de generosidade e fá-lo-emos certamente. Aliás, é esse o sentimento do povo português", disse.

Apontando que Portugal "apoia basicamente" a proposta franco-alemã de um sistema de quotas obrigatórias de distribuição de refugiados -- rejeitada por vários países, designadamente Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia -, Rui Machete comentou que "falta naturalmente definir com maior precisão" os critérios desse sistema, o que exigirá reuniões "reuniões para realizar esse trabalho".

Considerando que a discussão de hoje foi "muito interessante, muito viva, com a participação dos países dos Balcãs e da Turquia, o que se justifica dadas as características da contribuição que cada um pode dar para esta crise", o ministro disse que, "desta vez, foi perfeitamente aceite e sublinhado" que "a grande crise e a grande desgraça" a que se assiste hoje com a tentativa de imigrantes alcançarem a Europa exige ações de solidariedade humana.

No entanto, e apesar do "tom geral de franco desejo de cooperação" que disse ter observado na sala de reuniões, admitiu que ainda há divergências entre os Estados-membros.

"A Europa ainda não está unida, mas há já uma preocupação comum e o reconhecimento de que é um problema humanitário" que exige a solidariedade europeia, disse.

"As imagens que temos visto infelizmente são reais. Os políticos também são pessoas, e, aliás, os povos, a sociedade civil tem feito pressão para que os governos reajam de uma maneira diferente", observou.

A tradicional reunião informal de "rentrée" de chefes de diplomacia da UE teve lugar no Luxemburgo em plena crise de refugiados, e poucos dias antes de a Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker apresentar propostas concretas para fazer face à situação, o que deverá suceder na próxima quarta-feira, em Estrasburgo, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu.

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