"Parece que cortar na despesa da Saúde é sempre mau, mas não é"
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, abordou esta quarta-feira a questão da despesa pública no setor que tutela, sublinhando que não é “sempre mau cortar” dando como exemplo as tesouradas “na fraude ou nas rendas da Saúde”, assim como “na ineficiência e no desperdício”, conta o Jornal de Negócios.
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País Paulo Macedo
Durante um almoço no Porto, organizado pelo Internacional Club of Portugal, o ministro Paulo Macedo contestou as margens excessivas de alguns medicamentos e, avança o Jornal de Negócios, lamentou que não se aponte o dedo às rendas do sector que tutela com sucede em relação às “rendas na energia”.
Além disso referiu o ministro, segundo a mesma publicação, alguns cortes na despesa pública da área da Saúde “são uma obrigação”, assim como a redução de desperdícios é “uma questão ética”, garantindo neste sentido que “não houve cortes cegos”.
“Parece que cortar na despesa pública é sempre mau, mas não é. Cortar na fraude, ou nas rendas da Saúde, cortar na ineficiência e no desperdício não é. Temos de ver qual é a má redução da despesa. A outra deve ser uma obrigação”, declarou Paulo Macedo.
O ministro com a pasta da Saúde comentou ainda a questão da diminuição, nos últimos três anos, dos custos na prestação de cuidados, dois terços dos quais nos pagamentos à indústria farmacêutica, nos meios complementares de diagnóstico ou aos grossistas, esclarecendo que “a parte dos utentes, que se prendeu com os aumentos das taxas moderadoras, é uma parte mínima neste ajustamento”.
“Há uma redução de despesa numa área que é a que menos penaliza o sistema e a vida das pessoas, que é o custo dos cuidados. Estamos a afetar as receitas de um conjunto de 'players', mas a alternativa qual seria? Cortar cuidados quando as pessoas deles mais precisam e quando têm menos rendimentos?”, lançou a questão ao auditório.
Paulo Macedo referiu ainda que os principais problemas que o setor da Saúde enfrenta prendem-se com “as listas de espera acentuadas, bloqueios nas urgências e dificuldades no financiamento”.
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