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Primeira escola municipal arranca no próximo ano lectivo

A Câmara de Óbidos vai avançar, no próximo ano letivo, com a criação da uma das primeiras escolas municipais do país e desenvolver um novo modelo educativo desde o pré-escolar ao 12º. ano, anunciou a autarquia.

Primeira escola municipal arranca no próximo ano lectivo
Notícias ao Minuto

18:33 - 20/11/13 por Lusa

País Óbidos

"Até meados de dezembro será fechado o acordo com o Ministério da Educação e o novo modelo educativo começará a funcionar no próximo ano letivo", revelou à agência Lusa o presidente da câmara de Óbidos, Humberto Marques.

De acordo com o autarca, a garantia foi dada pelo próprio ministro da Educação, Nuno Crato, numa reunião em que ficou igualmente estabelecida "a criação de uma comissão" que irá "gizar as bases do novo modelo" para o qual "terá que ser criada legislação".

Em Óbidos, a escola municipal irá abranger "desde o pré-escolar ao 12º.ano", assentando o novo modelo educativo "na autonomia pedagógica" e de "gestão do corpo docente da escola", apesar de a maioria do mesmo "manter o vínculo ao Ministério".

Segundo Humberto Marques, "a câmara terá autonomia para contratar os professores que não são do quadro das escolas" tendo proposto que os mesmos "mantenham as regalias que os colocados pelo Ministério", podendo ainda "abranger um horário de 33 horas, o que equivaleria a receberem cerca de um ordenado e meio".

O pagamento dos professores contratados pela autarquia será feito através de transferência de verbas da tutela.

A grande novidade do projeto está, segundo o autarca, "no facto de não haver qualquer tipo de obrigação curricular", podendo a autarquia "decidir qual a carga horária de cada disciplina".

Uma autonomia que permitirá a criação de "um projeto educativo que está a ser discutido com toda a comunidade educativa [professores, pais e alunos] e com consultores na área pedagógica" para adequar os currículos "às necessidades do território".

Ou seja, poderão ser implementados modelos diferentes em cada um dos três complexos escolares do concelho e na secundária Josefa de Óbidos.

Num concelho que se divide entre o turismo, as indústrias criativas e a agricultura, pretende-se "que as matérias preparem os alunos para intervirem no seu meio socioeconómico e ali criarem riqueza" mas também, acrescentou o presidente, "que se formem cidadãos preparados para alcançar o sucesso futuro em qualquer realidade nacional ou internacional".

Para Humberto Marques trata-se do "início de um longo caminho cujos resultados só serão visíveis daqui a alguns anos" mas que o autarca acredita que se traduzirá não apenas "em melhores resultados para os alunos" como também num "aumento da capacidade de fixação e atração de jovens empreendedores que criem riqueza a este território".

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