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Da delinquência ao ISIS. Terroristas tinham vidas problemáticas

Os atentados de Paris estão a revelar a forma de vida dos terroristas.

Da delinquência ao ISIS. Terroristas tinham vidas problemáticas
Notícias ao Minuto

09:41 - 24/11/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Atentado

As informações relativas aos autores dos atentados de Paris revelam que todos têm ligações à delinquência e não a convicções religiosas, sendo este o denominador comum entre todos os jovens conhecidos como membros do Estado Islâmico e ligados aos atentados dos últimos dias.

De acordo com o Le Monde, estes indivíduos já tinham cadastro na polícia, tendo sido condenados a penas de prisão, radicalizando-se mais tarde. Álcool, drogas, rap, videojogos e saídas à noite constantes faziam parte da vida dos terroristas agora investigados.

Muitos conhecidos dos jovens explicam que a religião e a língua árabe nem faziam parte das suas vidas antes de se radicalizarem e alistarem no Daesh.

Abdelhamid Abaaoud, de 28 anos, é suspeito de ser o mentor dos atentados e começou a dar nas vistas nos meandros do crime em 2002, tendo sido preso várias vezes entre 2006 e 2012, embora nunca tenha cumprido penas superiores a três meses. O pai explicou às autoridades que a radicalização de Abaaoud apenas terá acontecido depois de este sair da prisão, em 2012.

Em 2012, Abaaoud cumpriu pena de prisão, após um assalto à mão armada, juntamente com Salah Abdeslam. O irmão de Salah, Brahim Abdeslam, também foi preso em flagrante durante um assalto.

Os irmãos Abdeslam tinham um bar – Les Béguines – no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, mas a polícia já tinha determinado o seu fecho, por ter sido descoberto que havia consumo e venda de drogas. Já a prima de Abaaoud, Hasna Ait Boulahcen, de 26 anos, também chegou a ser investigada por suspeita de ligação ao tráfico de estupefacientes.

Os amigos e conhecidos dos indivíduos que fizeram parte dos atentados a Paris começam, desta forma, a divulgar os hábitos dos jovens antes de se alistarem no Estado Islâmico, sendo que muitos deles eram vistos como ‘normais’ antes de se converterem, mesmo estando ligados ao mundo do crime, e afastados da religião.

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