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Curdo Fuad Massum eleito Presidente do Iraque pelo parlamento

O curdo Fuad Massum foi hoje eleito presidente do Iraque durante uma sessão no parlamento, várias vezes adiada devido às tensões políticas num país que mergulha no caos e onde a violência esta sexta-feira fez mais de 60 mortos.

Curdo Fuad Massum eleito Presidente do Iraque pelo parlamento
Notícias ao Minuto

20:18 - 24/07/14 por Lusa

Mundo Cargo

A primeira tarefa de Massum será escolher um primeiro-ministro que deverá tentar travar o contínuo agravamento da situação no país, em particular devido à fulgurante ofensiva dos insurgentes sunitas liderada pelos 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI), que desde junho controlam uma parte importante do território iraquiano.

Massum garantiu a eleição na segunda volta com 211 votos face ao seu rival Hussein al-Mussawi, que recolheu apenas 17. De acordo com uma regra não legislada, o cargo de Presidente da República, essencialmente protocolar, é ocupado por um curdo, enquanto o presidente do parlamento é sunita e o primeiro-ministro xiita.

Massum, um septuagenário veterano da política iraquiana sucede a Jalal Talabani, 80 anos, que na semana passada regressou ao Iraque após 18 meses de internamento num hospital na Alemanha.

O novo chefe de Estado vai escolher um primeiro-ministro proveniente do bloco do atual chefe de governo Nuri Maliki, que venceu as legislativas de abril, mas sem maioria absoluta.

Maliki, no poder desde 2006, pretende assegurar um terceiro mandato mas tem sido muito criticado por monopolização do poder, sectarismo e corrupção na administração.

A ONU e os Estados Unidos vinham apelando à formação de um "governo de unidade" para combater os rebeldes sunitas, e já felicitaram a eleição do novo presidente.

O EI, acusado de numerosos abusos, terá hoje ordenado que todas as mulheres entre os 11 e os 46 anos sejam excisadas, uma prática que não é corrente no Iraque, denunciou a número dois da ONU no país, Jacqueline Badcock, durante uma videoconferência organizada em Genebra.

No terreno, pelo menos 60 pessoas, na maioria prisioneiros, foram mortas a norte de Bagdad durante um assalto de grupos rebeldes contra uma coluna que escoltava os detidos. Um responsável do Ministério do Interior referiu-se a um "ataque suicida seguido de explosões e trocas de tiros".

O ataque visou uma coluna rodoviária com veículos das forças de segurança que transferiam cerca de 60 prisioneiros, muitos detidos sob a acusação de terrorismo, desde a prisão de Taji, 25 quilómetros a norte de Bagdad.

O avanço dos 'jihadistas' no Iraque também está a ter reflexos na economia. O Iraque exportou 2,4 milhões de barris de petróleo por dia em junho, contra os 3,4 milhões previstos para este período pelo Ministério do Petróleo.

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