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José Cesário reconhece gravidade da situação salarial na embaixada de Portugal
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, disse hoje à Lusa que a situação salarial dos funcionários da embaixada de Portugal em Oslo, resultante da desvalorização do euro, é "muito grave".
© Lusa
Economia Secretário
José Cesário, que falava à Lusa em São Paulo, onde efetuou uma visita de trabalho de três dias, comentava a situação denunciada em carta enviada ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, membros do Governo, parlamento e órgãos de comunicação social, pelos funcionários da embaixada de Portugal em Oslo.
Na carta, os funcionários apelaram ao Governo português para proceder a uma atualização do seu salário, que alegam ser "56% inferior" ao praticado naquele país, um dos mais caros do mundo.
"Quando há variações superiores a 5 ou 10%, têm de ser feitas as correções. Só que no fim do ano. O orçamento neste momento está aprovado", disse hoje Jposé cesário à Lusa.
Segundo o secretário de Estado, "a questão está em estudo, mas não se coloca só aos funcionários da Noruega, mas também aos da Suíça, Estados Unidos, Canadá, China e todos os países fora da zona do Euro que não tiveram uma desvalorização das moedas locais".
José Cesário salientou ter consciência de que o caso é "muito grave" e de que há funcionários com dificuldades.
O secretário de Estado afirmou ainda que há espaço para uma correção extraordinária nos salários, mas que a decisão está subordinada ao Ministério das Finanças.
Na carta, os funcionários da embaixada de Portugal sublinham que "os desequilíbrios persistem", porque nos últimos 10 anos não houve qualquer atualização salarial.
"Tal abominação, tem degradado e flagelado a vida familiar destes profissionais, empurrando-os a uma asfixia económica nunca antes vista em qualquer posto diplomático. Há muito que os trabalhadores deixaram de viver e passaram apenas a sobreviver", salientam na carta.
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