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Subvenções vitalícias foram "um mau episódio" para o PS e PSD

O antigo líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, comentou esta sexta-feira, na SIC Notícias, o episódio das subvenções políticas, descrevendo-o como um "mau episódio", mas em destaque colocou também a comissão de inquérito ao caso BES, em que diz que espera ver até onde tudo isto vai chegar. "Vamos ver o coração desta trama gigante", indica.

Subvenções vitalícias foram "um mau episódio" para o PS e PSD
Notícias ao Minuto

22:58 - 21/11/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Francisco Louçã

No seu espaço de comentário semanal, ‘Tabu’, na SIC Notícias, o antigo líder do Bloco de Esquerda Francisco Louçã falou sobre a recusa das subvenções vitalícias a ex-políticos, onde criticou a posição tomada nos últimos dias pelo PSD e PS.

Francisco Louçã chegou a pôr em causa a proximidade entre o PSD e PS depois de os partidos se terem desentendido por causa do IRC. “Primeiro aprova-se e depois desaprova-se tudo em nome de um privilégio”.

“Este é um sistema que tem centenas de pessoas, em que permitia um privilégio extraordinário aos antigos políticos que teriam uma pensão vitalícia”, o antigo líder do Bloco de Esquerda frisou esta questão várias vezes para reforçar o facto de se tratar de um privilégio.

“Há um acordo entre as bancadas parlamentares. António Costa diz que não tem nada a ver com isso, mas há um acordo. Perante a pressão o PSD retirou-se, mas foi o PS que veio à luta defender esta ideia. Mas na verdade está a retirar-se um bónus extraordinário de um privilégio a alguém que pertenceu à política”, frisou novamente e acrescentou que é “estranhíssimo que o PS aceitasse esta ingenuidade.

Sobre as últimas 24 horas, Francisco Louçã garante que foi “todo um mau episódio, mal gerido politicamente. Tudo pensado para passar à socapa na Comissão e que não se visse no plenário para toda a gente se esquecer”.

“Acho que estão a fazer mal à República, mal ao Parlamento. Mostraram uma vulnerabilidade. Um desprezo pelas pessoas, um desprezo pela preocupação e fazem com que as suas palavras não batam certo. Isto não é criar solidez da democracia. É um caminho péssimo. É mostrar que a democracia e política servem para algumas vantagens”, atira.

Ainda em destaque esteve a comissão de inquérito ao caso Espírito Santo, Francisco Louçã falou de incertezas e contradições por parte da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque e do governador do Banco de Portugal Carlos Costa.

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deveria ter interrompido mais cedo as ações do BES. Há um erro enorme do Banco de Portugal para não ter favorecido a interrupção, houve um jogo”, afirma.

Mas o antigo líder do Bloco de Esquerda vai mais longe quando diz que se “o Banco de Portugal tinha a certeza de que não se tratava de uma dúvida, estamos a falar do maior banco privado português, tinha de ter agido de todas as formas possíveis para chegar realmente ao resultado, que era obrigar os acionistas a substituírem a administração”.

“A sua obrigação perante a credibilidade do sistema bancário, com dois milhões de depositantes. Defendeu-se mal e agiu mal”, frisa.

“Vamos ver o coração desta trama gigantesca”, remata.

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