Seguro fez as contas e há condições para repor pensões
No último debate entre António José Seguro e António Costa antes das eleições primárias do próximo domingo, os dois candidatos socialistas revelaram quais são os seus planos relativamente à recuperação da economia, ao desemprego e aos rendimentos dos pensionistas e funcionários públicos. Seguro assegurou que fez as contas e que é possível devolver aos reformados o valor dos cortes que foram aplicados. Costa também é da opinião que tal tarefa é ?possível e necessária?.
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Economia Debate
Se António José Seguro formar o próximo Governo a primeira prioridade será o emprego, garantiu o mesmo no debate que esta noite se realizou na RTP e que o colocou frente-a-frente com António Costa.
“O país tem mais de 100 mil desempregados que querem trabalhar e não têm oportunidades de trabalho”, começou por dizer, explicando que a sua estratégia para alterar esta situação passa pelo “crescimento da economia através do plano de reindustrialização que assenta em três eixos que são os setores tradicionais da indústria, a agricultura e a era digital”.
Por seu lado, António Costa assegurou que quando for primeiro-ministro a prioridade será “lançar o programa de recuperação económica e social e resolver o problema da asfixia do financiamento das empresas”. O autarca de Lisboa referiu ainda que a sua política de emprego incidirá em duas vertentes.
“Primeiro, o combate ao desemprego jovem através da mobilização desta geração mais qualificada e depois a nossa geração que está a ser atingida pelo desemprego de longa duração”, continuou.
Relativamente aos pensionistas, Seguro garantiu que o “compromisso” é o de repor os níveis dos rendimentos de 2011.
“Fizemos as contas e estamos em condições de repor esses rendimentos aos pensionistas e reformados”, garantiu Seguro, alertando porém para o facto de a devolução dos rendimentos dos funcionários públicos não se poder fazer “no dia seguinte” a formar Governo.
“Aqui não vendemos ilusões”, sublinhou Seguro.
Também neste ponto os dois adversários convergem. Costa garantiu que é “possível e necessário” aplicar às pensões atuais os valores praticados em 2011, pois, na sua opinião, “para o relançamento da economia é fundamental estabilizar os rendimentos das famílias e, para isso, repor as pensões e aumentar o salário mínimo”.
Perante tal concordância entre os dois candidatos socialistas, Seguro alfinetou o adversário: “Isto só prova que esta crise que o Costa criou no PS não se justificava, porque não há diferenças substanciais nas questões importantes”.
O autarca lisboeta não se deixou ficar e respondeu: “Oh António José Seguro, se quiseres ir por aí, vamos por aí”. E logo de seguida atirou: “É mentira. Eu não criei a crise”.
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