Défice pode disparar para os 7,6% à boleia do BES e dos transportes
Ao contrário do previsto, Portugal poderá afinal acabar o ano com um défice de 7,6% do PIB. Isto porque a ministra das Finanças não inseriu nas suas contas quase 9 milhões de euros em despesas extraordinárias referentes ao BES e às despesas com as empresas de transportes.
© Reuters
Economia Contas
Maria Luís Albuquerque defendeu ontem que continuava confiante de que seria possível atingir os 4% de défice do PIB.
No âmbito da apresentação do segundo Orçamento Retificativo do ano, a ministra das Finanças identificou cerca de 1,5 mil milhões de derrapagem orçamental, referindo, porém, que com o aumento com a coleta fiscal e contributiva, bem como com a evolução positiva do desemprego, seria possível fazer frente a este valor e atingir as metas propostas sem, para o efeito, ter de agravar impostos.
Todavia, segundo o jornal i, Albuquerque está a 'esquecer-se' de duas variáveis que entram para esta equação: os 3,9 mil milhões injetados para salvar o BES e a reclassificação de novas empresas públicas, a STCP, a Carris (1,2 mil milhões) e a CP (3,8 mil milhões).
O i refere que as despesas de 3,8 mil milhões da CP podem ser incluídas no orçamento de 2010, mas mesmo assim o Eurostat não deverá fechar os olhos a estes valores, o que significa que Portugal deverá encerrar o ano com um défice real de 7,6% e não de 4%.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com