Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os CTT adiantam que os rendimentos operacionais recorrentes totalizaram 353,5 milhões de euros, "apresentando um crescimento de 1,4% (4,9 milhões de euros) em relação a igual período do ano anterior (excluindo os rendimentos não recorrentes e considerando o ajustamento do comparativo de 2013 sem a consolidação da subsidiária EAD decorrente da alienação, no 1.º semestre de 2014, dos 51% do capital daquela empresa detidos pelos CTT)".

A empresa adianta que foi considerado como não recorrente nos primeiros seis meses deste ano "o rendimento de três milhões de euros relativo à comissão 'upfront' inerente ao contrato com o parceiro para a venda de produtos de crédito pessoal".

Os CTT apontam que "este crescimento, que evidencia uma inversão da tendência de queda dos rendimentos operacionais dos CTT que se verificou desde 2009 consubstanciada em cinco anos de sucessivas reduções, reflete o efeito conjugado do aumento de preços dos serviços de correio, que permite mitigar o impacto da queda de volumes, e do crescimento expressivo dos rendimentos dos negócios de serviços financeiros, potenciado pelas iniciativas definidas para esta área no programa de transformação".

Os rendimentos de correio caíram 1,2%, "resultante da desaceleração na queda no tráfego de correio endereçado para -7,0% e do aumento do preço médio do serviço postal universal de 4,4%", adiantam, com os serviços financeiros a consolidarem a oferta e posição de mercado "com um forte crescimento de rendimentos recorrentes de 20,8%", reforçando-se como "alavanca do crescimento global" da empresa.

O rendimento no expresso e encomendas declinou 1,0%, "apesar do tráfego crescer 11,6%, em resultado do efeito de mix de produtos já que o crescimento está a ocorrer principalmente no segmento B2C".

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recorrente subiu 10,1% para 66,3 milhões de euros.

"O impacto da alienação da EAD nesta evolução é de 0,6 milhões de euros (contribuição para o EBITDA consolidado no 1.º semestre de 2013), o que implica que o crescimento efetivo do EBITDA recorrente foi de 6,6 milhões de euros (11,1%)".

Os gastos operacionais recuaram 1,1% no período em análise.

Durante os primeiros seis meses do ano, os CTT admitiram 35 trabalhadores (24 para Tourline Express e, Espanha, um pela Payshop, quatro pelos CTT Expresso e seis pela empresa-mãe), enquanto aconteceram 97 saídas, 34 por aposentação ou reforma e as restantes por fim do contrato de trabalho.

No fim de junho, os CTT contavam com 12.722 trabalhadores, menos 3,3% que no final de igual semestre de 2013.