Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 12º MÁX 17º

Economista alemão diz que programa cautelar em Portugal daria sinal positivo

O economista alemão Fabian Zuleeg afirmou à agência Lusa que é importante que Portugal tenha um programa cautelar depois do atual resgate financeiro, uma vez que isso daria um sinal positivo aos mercados.

Economista alemão diz que programa cautelar em Portugal daria sinal positivo
Notícias ao Minuto

15:45 - 07/11/13 por Lusa

Economia Opinião

"O princípio de ter um programa cautelar em Portugal é muito importante. Há um perigo de sair do atual programa sem ter algum tipo de apoio porque, se as coisas correrem mal nessa altura, então vão correr mesmo mal", disse Fuleeg, presidente do European Policy Center, um 'think tank' independente com sede em Bruxelas.

Para Zuleeg, "só o facto de ter esta linha preventiva indica aos mercados que há uma certa estabilidade", o que faz com que seja "menos provável que haja uma reação exagerada porque há uma garantia".

O economista alemão defende que ainda é cedo para saber exatamente em que moldes se aplica um programa cautelar aos países que estão intervencionados pela 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), mas acredita que "não será um programa completo" e sim "uma linha de precaução que existe temporariamente".

Fabian Zuleeg afirmou também que a Europa devia ter programas de crescimento com objetivos direcionados para os países com dificuldades económicas, mas não apenas os que estão sob ajuda financeira.

"Temos de distinguir um país que precisa de ajuda para financiar a sua dívida de um que precise de apoio para crescer. Devíamos ter programas de crescimento especificamente orientados para os países em dificuldades: os países com programas mas também outros que não estão intervencionados mas que têm problemas, como Itália", disse Zuleeg, reconhecendo, no entanto, que "é pouco provável que, no contexto atual, haja apoio sem algum tipo de condicionalidade".

Em relação à Grécia, o economista considera que Atenas vai precisar de mais dinheiro: "Todos sabemos que a Grécia vai precisar de mais ajuda. Há elefantes na sala europeia a toda a hora e temos de atacar esses elefantes na sala. Os políticos têm de voltar para os seus países e explicar estes elefantes aos cidadãos", referiu Zuleeg, alertando que muitas vezes os governantes não defendem nos seus países os compromissos que assumem com a União Europeia.

"A Grécia está numa situação particularmente complicada porque a dívida é uma preocupação de facto, mas não acho que [este problema] seja tão crítico noutros países", disse o presidente do European Policy Center, referindo que Atenas tem dois problemas fundamentais: a dívida e o crescimento.

"O nível de dívida grego é insustentável no longo prazo. [A Grécia] vai precisar de ajuda para financiar os custos da dívida, seja na forma de instrumentos que reduzam os juros, seja na forma de um perdão da dívida. Provavelmente, o que vai acontecer é uma recalendarização para adiar [o pagamento da dívida] para o futuro. Isto economicamente tem o mesmo efeito que um perdão, mas politicamente parece melhor", antecipou.

Quanto ao crescimento grego, Fabian Zuleeg entende que é preciso olhar para os problemas específicos do país, como o difícil acesso a capital e a falta de investimento, e adotar medidas que permitam resolver estes problemas concretos.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório