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Deolinda mostram como vêem a música em 'Mundo pequenino'

Os portugueses Deolinda editam, na segunda-feira, o álbum ‘Mundo pequenino’, uma resposta dos quatro músicos ao que os rodeia - o sucesso, as digressões, a crise - e também um desafio a eles próprios, como contaram à agência Lusa.

Deolinda mostram como vêem a música em 'Mundo pequenino'
Notícias ao Minuto

17:47 - 13/03/13 por Lusa

Cultura Álbum

‘Mundo pequenino’ é o terceiro álbum dos Deolinda, que sucede a ‘Dois selos e um carimbo’ (2010) e ‘Canção ao lado’ (2008), registos que tiveram sucesso em Portugal, e que levaram o grupo a uma bem-sucedida internacionalização.

Pelo meio gravaram um álbum ao vivo, fruto de um concerto no Coliseu de Lisboa, no qual revelaram a música ‘Parva que sou’, cuja repercussão os ultrapassou e os levou a reflectir sobre o que fazem.

O contrabaixista José Pedro Leitão conta que, com aquela música, os Deolinda chegaram às pessoas de outra maneira e que eles próprios se sensibilizaram, como cidadãos, com o sucesso inesperado, adoptado como uma espécie de hino de uma geração precária.

As 14 novas músicas de ‘Mundo pequenino’ são assinadas pelo guitarrista Pedro Silva Martins e as letras estão marcadas por essa cidadania activa, optimista, não resignada, em relação ao que rodeia os Deolinda.

Exemplo disso é o tema ‘Algo de novo’, espécie de nova carta de intenções da banda, quando Ana Bacalhau canta ‘Eu, contigo, hei de por isto na rua/que eu também sinto que o melhor está para vir’.

Às guitarras dos irmãos Luís José Martins e Pedro Silva Martins, ao contrabaixo de José Pedro Leitão e à voz de Ana Bacalhau, neste disco juntam-se mais instrumentos: o piano de Joana Sá, a bateria de Sérgio Nascimento, sopros, cordas e ainda António Zambujo, no dueto ‘Não ouviste nada’.

Para a produção, chamaram o britânico Jerry Boys, porque procuravam uma visão de fora, que enriquecesse musicalmente as novas canções, explicou Ana Bacalhau.

A ideia era refinar a sonoridade dos Deolinda, cuja matriz está embebida na música popular, tradicional e no fado, como acontece no exercício linguístico que é a canção ‘Concordância’, em que entram a bateria, uma tuba e um trompete, ou em ‘Semáforo da João XXI’, com o piano de Joana Sá, em diálogo com a guitarra acústica.

Muitas das canções foram feitas na estrada, em digressão, mas as histórias nelas cantadas estão próximas dos portugueses, o que faz de tudo isto um "mundo pequenino", disseram.

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