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Pavilhão de Portugal abre com obras de João Louro em Veneza

O Pavilhão de Portugal na 56.ª Exposição Internacional de Arte - Bienal de Veneza 2015 inaugura na quarta-feira uma exposição com obras de João Louro, algumas inéditas, que vão representar o país no mais importante certame desta área.

Pavilhão de Portugal abre com obras de João Louro em Veneza
Notícias ao Minuto

18:11 - 04/05/15 por Lusa

Cultura Itália

A exposição de João Louro, cujo projeto para a Bienal se intitula "I Will be Your Mirror - Poems and Problems" ("Eu serei o teu espelho - Poemas e problemas", em tradução livre), inaugura às 18:00 no Palácio Loredan, em Veneza.

Trata-se de um edifício do século XVI, sede do Instituto Veneto di Scienze, Lettere e Arti (Instituto Veneziano de Ciência, Letras e Arte), que fica situado no centro da cidade, junto ao Campo Santo Stefano e ao rio S. Vidal.

João Louro anunciou publicamente em março que irá apresentar 12 obras - dez delas inéditas - compostas por objetos e fotografia.

O título do projeto é retirado do título de uma canção da banda Velvet Underground, e reúne também protagonistas do universo literário como Walter Benjamin, Samuel Beckett, Maurice Blanchot e Arthur Rimbaud.

Estas criações refletem as convicções artísticas e culturais da carreira do artista de 51 anos, nascido em Lisboa, que tem desenvolvido trabalho em pintura, escultura, fotografia e vídeo.

A curadora da representação de Portugal em Veneza, Maria de Corral, explicou, quando o projeto foi apresentado, em março, em Lisboa, que "João Louro tem a particularidade de pôr o espetador a pensar. Estas obras resultam de uma reflexão sobre o invisível, mas trabalho é muito visível", sublinhou a diretora da Coleção Asociación Arte Contemporáneo, em Espanha.

Por seu turno, o artista disse que criar obras para aquele lugar "avassalador" - um palácio veneziano repleto de livros - foi "um trabalho minucioso".

"Procurámos as melhores soluções. As mais inteligentes e elegantes para um espaço tão complexo", comentou, acrescentando que sente "a maior expectativa possível para apresentar o projeto na maior mostra internacional de arte do mundo".

O orçamento da DGArtes para a representação nacional deste ano é de 150 mil euros e o projeto tem ainda o apoio da Fundação EDP e da Fundação Millennium bcp, em valores que não foram divulgados.

A 56.ª Exposição Internacional de Arte, Bienal de Veneza 2015, cujo curador geral é Okwui Enwezor, terá como tema "All the World's Futures" ("Todos os Futuros do Mundo", em tradução livre), e vai decorrer entre sábado, abertura prevista para o público, e 22 de novembro de 2015.

Este ano, Moçambique participa pela primeira vez na Bienal de Arte de Veneza, entre 89 participações nacionais, onde também se estreiam Granada, Maurícias, Mongólia e Seicheles, enquanto o Equador, as Filipinas e a Guatemala regressam após uma ausência de seis décadas.

Na última bienal de arte de Veneza, em 2013, Angola participou pela primeira vez com uma representação oficial, e conquistou o Leão de Ouro para o Pavilhão Nacional, com o projeto "Luanda, Cidade Enciclopédica", com curadoria de Paula Nascimento e Stefano Pansera, e um trabalho fotográfico de Edson Chagas.

Além dos pavilhões nacionais, no espaço central dos Giardini, haverá uma mostra internacional na zona do Arsenal com obras de 136 artistas de 53 países, dos quais 88 participam na exposição pela primeira vez.

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