Duas semanas depois, Facebook de Zuckerberg já não é Charlie
Cerca de duas semanas depois do ataque ao Charlie Hebdo, que levou Mark Zuckerberg a realçar que o Facebook não seria palco de censura de ideias, num texto que terminava com a hashtag #JeSuisCharlie, a rede social na Turquia aceitou retirar imagens em que Maomé é retratado, avança o Washington Post.
© Reuters
Tech Turquia
A 8 de janeiro, o dia seguinte ao ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, emitiu um comunicado onde defendia o direito à liberdade de expressão, com a hashtag que então se popularizou: #JeSuisCharlie. Agora, duas semanas depois, o Facebook na Turquia já começou a censurar imagens do profeta Maomé.
O Washington Post dá conta que o Facebook, que em alturas anteriores já tinha aceitado retirar da rede social imagens e publicações colocadas online por dissidentes do regime russo, sírio e chinês, aceitou agora retirar imagens referentes a Maomé, nomeadamente as de caricaturas do Charlie Hebdo.
Na altura em que a frase “Je suis Charlie” se popularizou, acabando mesmo por marcar a maior manifestação em anos, em França, no passado dia 11, a favor da liberdade de expressão, Zuckerberg assumiu a ‘linha da frente’ da defesa da liberdade de expressão na sua rede social.
No texto que publicou, o criador da rede social afirmava que não iria deixar que o Facebook fosse palco de censura por medo de violência. “Estou comprometido a construir um serviço em que uma pessoa pode falar livremente sem ter receio de violência”, escreveu então no seu texto.
A BBC especifica que um número não especificado de páginas "que ofendiam o profeta Maomé" foi bloqueado, depois de ter sido emitida uma ordem judicial de um tribunal de Ancara.
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