POUPANÇA NO MINUTO
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"O Governo tem uma atitude de arrogância, a culpa é sempre dos outros"
Luís Marques Mendes debruçou-se este domingo, no seu espaço de comentário semanal da SIC, sobre os relatórios divulgados relativamente aos casos de Tancos e dos incêndios de Outubro.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Quando questionado sobre se a presença de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa durante a última semana nas florestas portuguesas será uma iniciativa de sensibilização ou uma tentativa de propaganda, Luís Marques Mendes sustenta que se trata das “duas coisas”.
Tanto o Primeiro-ministro como o Presidente da República, recorde-se, marcaram presença, na última semana, em várias iniciativas de limpeza de mato e defesa da floresta organizadas em parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Esta iniciativa, que se pretende ser de sensibilização, tem sido tanto elogiada como criticada pela oposição. Rui Rio, por exemplo, falou numa “ação de marketing para desviar as atenções” do relatório divulgado recentemente, muito crítico para com o Governo.
“O Governo está em campanha eleitoral há muitos meses, como de resto está quase toda a gente”, adiantou o antigo líder do PSD, ressalvando, no entanto, que se trata também de um necessário “exercício de sensibilização das populações”, que é merecedor de elogio.
“É uma iniciativa muito, muito meritória porque ajuda aqui a ter uma atitude de viragem na cabeça das pessoas”, acrescenta, referindo-se às décadas de desinteresse por esta problemática.
No que respeita ao próprio relatório dos incêndios de outubro, Marques Mendes tece um paralelismo entre este e o de Tancos “para perceber que há aqui um padrão do Governo”.
No entender do comentador, “num caso e noutro, o que se constata é que o Estado falhou em toda a linha” e “num caso e noutro, para o Governo, nunca há culpas, nunca há responsabilidade e nem sequer tem a humildade de pedir desculpa”.
No caso dos incêndios, reforça, o Governo apresentou como problema “a meteorologia” e no caso de Tancos “a culpa é do mexilhão”, referindo-se aos militares que foram exonerados. “O Governo tem uma atitude de arrogância, em que a culpa é sempre dos outros”, termina.
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