Costa acusa Cristas de se desqualificar para qualquer tipo de consenso
O primeiro-ministro considerou hoje que a líder do CDS-PP se coloca fora de qualquer consenso possível ao "recorrer ao insulto como prática política", após questionado por Assunção Cristas sobre possíveis entendimentos sobre fiscalidade e setor da água.
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Política Debate
A presidente do CDS-PP questionou António Costa sobre a disponibilidade do Governo e do PS para consensos em duas áreas específicas, "o estatuto fiscal para o interior" e legislação no setor da água.
Cristas tinha lamentado que o PS tenha rejeitado as 90 propostas de alteração que o CDS-PP apresentou ao Orçamento do Estado para 2018, considerando que os socialistas revelam "muita dificuldade em falar em consensos".
Na resposta, António Costa dirigiu duras críticas à presidente do CDS-PP, acusando-a de usar "o insulto como prática política" contra os adversários, que "trata como inimigos".
"A senhora deputada tem-se caracterizado pela desqualificação sistemática e pelo insulto pessoal dos seus adversários e é por isso que se coloca fora de qualquer consenso sobre qualquer matéria possível", disse.
"E não é num momento de entusiasmo que o faz, é na frieza dos seus gabinetes que escreve uns artigozinhos que recorre ao insulto como prática política", atacou.
Assunção Cristas questionou o primeiro-ministro sobre várias "matérias penduradas" nas quais considera que o Governo ainda não deu resposta, perguntando sobre responsabilidades nos casos do furto de material militar em Tancos e sobre a adesão à Cooperação Estruturada Permanente, e ainda sobre as mortes causadas pela bactéria da `legionella´, entre outros.
"Continuamos à espera de uma explicação cabal sobre Tancos, sabemos que houve furto, por falhas graves mas não sabemos que responsabilidade políticas e operacionais", disse Assunção Cristas.
Na resposta, o primeiro-ministro respondeu que "se há ou não furto, as autoridades judiciárias saberão apurar", sublinhando em seguida que as armas foram encontradas e que todo o armamento que estava em Tancos foi transferido "em condições de segurança".
Quanto a responsabilidades políticas, António Costa respondeu que "se há coisa que é seguro, é que não cabe ao ministro da Defesa, ao secretário de Estado e ao primeiro-ministro guardar o paiol".
Sobre a falta de informação sobre a Cooperação Estruturada Permanente na Defesa, António Costa acusou Assunção Cristas de não ser "leal".
"Quem sabe que o Governo tem dado toda a informação na Assembleia da República sobre a PESCO, que o tem feito em reuniões à porta fechada, e procura beneficiar e socorrer-se dessa confidencialidade para depois acusar o governo de não dar informações que efetivamente deu, não é leal", acusou.
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