Passos usa texto do Facebook de Poiares Maduro para debate no Parlamento
Ex-ministro explica, no entanto, que foi contactado pelo líder social-democrata antes do debate e que lhe deu permissão para que as suas palavras fossem replicadas na Assembleia da República.
© Reuters
Política Estado da Nação
Ao longo da tarde de ontem, quarta-feira, foi debatido, no Parlamento, o Estado da Nação. Por entre as várias intervenções que foram feitas pelos diferentes partidos, houve uma que não passou despercebida: a de Passos Coelho.
Ao subir ao púlpito da Assembleia, o líder social-democrata acusava António Costa de mentir aos portugueses quando dizia ter aceitado a exoneração dos três secretários de Estado para que estes pudessem ser constituídos arguidos no processo já denominado de Galpgate quando isso já tinha acontecido.
"O senhor primeiro-ministro diz ao país que aceitou o pedido de demissão dos secretários de Estado para estes poderem solicitar ser constituídos arguidos e depois descobre-se que afinal resignaram porque já tinham percebido que iriam, de qualquer modo, ser constituídos arguidos".
Para quem é seguidor atento das redes sociais, estas palavras não soavam a novo porque, de facto, não o eram. Eram as palavras escritas, no dia anterior (terça-feira) pelo também social-democrata Miguel Poiares Maduro.
Passos Coelho usou, de facto, o texto do antigo governante para a sua intervenção na Assembleia, mas com autorização para tal. À RTP, Poiares Maduro esclareceu que Passos Coelho "pediu autorização" para usar partes do seu texto, pedido esse que aceitou. Mais, o antigo responsável pela pasta do Desenvolvimento Regional lembrou que "não é a primeira vez" que "dá um contributo" ao líder do PSD.
“Ninguém acredita" que António Costa escreve todos os seus discursos "sozinho", acrescentou ainda.
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