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PCP alerta para "bomba relógio ao retardador" no apoio a deficientes

O deputado do PCP Jorge Machado disse hoje que as famílias de pessoas portadoras de deficiência "vivem uma espécie de bomba relógio ao retardador", por causa de o "Estado não cumprir com as respostas sociais".

PCP alerta para "bomba relógio ao retardador" no apoio a deficientes
Notícias ao Minuto

17:36 - 27/03/17 por Lusa

Política Jorge Machado

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Jorge Machado falava no final das visitas feitas à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) e à CERCIGaia, naquela cidade, pelo grupo de deputados comunistas eleitos pelo distrito do Porto.

"Para centenas de pessoas há uma espécie de bomba ao retardador, ou seja, daqui por uns anos vamos ter um conjunto de famílias cujos pais não vão ter condições ou porque morreram ou porque estão demasiado idosos para cuidar dos seus filhos portadores de deficiência", sublinhou.

Lembrando que a "esperança de vida das pessoas com deficiência, e bem, tem vindo a aumentar", Jorge Machado alertou para "a necessidade de uma resposta urgente do Estado que não cumpre as respostas sociais, no sentido de alargar os serviços da rede".

Do grupo de deputados comunistas fez também parte Diana Ferreira que deu conta de listas de espera na APPACDM "para 200 famílias" enquanto na CERCIGaia, " para o lar há 40 e mais 40 para o Centro de Atividades Ocupacionais".

"As necessidades são bem maiores do que as respostas existentes", alertou a deputada do PCP da "face visível" de um problema que inclui ainda "aquelas pessoas que nem sequer buscam ajuda".

E prosseguiu: "São números que conhecemos e que significam uma dificuldade para dar acompanhamento às pessoas, havendo casos de um dos familiares ter de se desempregar para apoiar o filho com o que isso significa também de perda de rendimento e agravamento de uma condição social e económica já de si difícil".

Neste cenário, Diana Ferreira entende que o Estado "deve criar uma resposta pública ou formas de financiamento a estas instituições", reclamando Jorge Machado "a revisão dos protocolos que o Estado paga em função do estabelecido com a Segurança Social, alargando assim a capacidade de resposta das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)".

Para o deputado, a interação das IPSS, trabalhando em rede, não passa de uma "realidade para contornar uma tentativa de tapar os buracos já existentes".

"Visitámos instituições em que o rácio de funcionários por utente anda muito perto do um por um e isso implica, para as instituições, um custo muito grande e estas não têm recebido a devida contrapartida por parte do Estado que era quem devia assumir essa responsabilidade", alertou.

Já Diana Ferreira deu conta ainda de um relato que recebeu na APPACDM "que disse ter famílias em lista de espera, não para colocar os filhos portadores de deficiência lá no imediato mas, para quando forem mais velhos, que estes tenham algum tipo de apoio e de acompanhamento".

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