PCP pede resistência ao Governo a "imposições externas" da Comissão e BCE
O PCP afirmou-se hoje preocupado com alegadas "imposições exteriores" da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu no processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e pediu uma "resposta de resistência" ao Governo PS.
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Política CGD
Num comentário à emissão de 500 milhões de euros de dívida perpétua junto de investidores institucionais, a taxas de 10,75%, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, afirmou que esse valor pode fragilizar a Caixa.
"Não há, na Caixa, negócios que assegurem taxas de juros que se aproximem daquelas que resultam desta emissão de obrigações", afirmou João Oliveira aos jornalistas, no parlamento.
E isso, acrescentou, "é um motivo de preocupação por eventual fragilização da Caixa".
O deputado do PCP está preocupado por esta solução de recapitalização da CGD, que deveria "reforçar a Caixa e o seu papel de banco público que sirva os interesses do país", dado que "terá resultado de uma imposição da Comissão Europeia e do BCE".
Esta situação, continuou, "exige, da parte do Governo, uma resposta de resistência a essas imposições" externas que não correspondem ao interesse nacional, entre elas, a "perspetiva de redução de balcões e de despedimento de trabalhadores".
"O PCP sempre afirmou que a recapitalização reforçasse a Caixa e o seu papel de banco público numa política de crédito que serva os interesses do País", declarou.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) emitiu hoje 500 milhões de euros de dívida perpétua junto de investidores institucionais, a uma taxa de juro de 10,75%, segundo fontes ligadas ao processo citadas pela agência Bloomberg.
Em comunicado ao mercado, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) dá conta que o lançamento da emissão ocorreu hoje, pelas 9:00, tinha um intervalo inicial de preço anunciado, entre os 11 e os 11,5%, e que tinha "em consideração os referenciais recebidos nos contactos com os investidores.
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