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PCP critica União Europeia por defender potências capitalistas

O PCP criticou hoje a União Europeia, cujos 60 anos da fundação se assinalam nos próximos dias, por não ter promovido os interesses dos trabalhadores e dos povos mas de potências capitalistas, como a Alemanha.

PCP critica União Europeia por defender potências capitalistas
Notícias ao Minuto

14:03 - 23/03/17 por Lusa

Política Ângelo Alves

"O processo que hoje conhecemos como União Europeia não é -- como se tenta fazer crer - um processo de cooperação. Pelo contrário. Nunca esteve determinado pelos interesses dos trabalhadores e povos da Europa, ou pelos valores da solidariedade, da convergência no progresso social ou da paz", assinala Ângelo Alves, da comissão política do Comité Central do PCP.

Para os comunistas portugueses, este processo "é antes - e a realidade demonstra-o - um processo de domínio económico e político, de concentração de capital e de poder, desenhado de acordo com os interesses dos monopólios europeus e do diretório das principais potências capitalistas na Europa, com destaque para a Alemanha".

Numa declaração intitulada "A Cimeira de Roma, o Livro Branco da Comissão Europeia e os 60 anos dos Tratados de Roma", lê-se que este é um "momento em que se promove a nível oficial uma onda de celebração e de propaganda em torno dos 60 anos dos tratados fundacionais do processo de integração capitalista europeu".

"A crise em que está mergulhada a União Europeia é de tal forma profunda que os seus responsáveis e instituições são obrigados a reconhecê-la. Contudo, esse reconhecimento é acompanhado de uma tentativa de branqueamento das responsabilidades próprias, apontando-se a crise económica e social, a crise dos refugiados, o crescimento dos nacionalismos reacionários e xenófobos e o terrorismo como fatores exógenos ao processo da Comunidade Económica Europeia/União Europeia", considera.

O PCP conclui que "os gravíssimos problemas e os enormes riscos com que os povos nos diferentes Estados membros da União Europeia estão confrontados" resultam de "décadas de um processo contrário aos interesses dos povos da Europa".

Para o partido liderado por Jerónimo de Sousa, toda a discussão em torno do "futuro da Europa deve partir de um pressuposto oposto ao que hoje é apresentado pelas instituições europeias e que em Portugal é apoiado por PS, PSD e CDS".

Segundo os comunistas, os cenários propostos no Livro Branco da Comissão Europeia confirmam "uma União Europeia assente na divergência e desigualdade, a duas ou mais velocidades, sempre determinadas pelo diretório de potências e em torno dos seus interesses".

O Tratado de Roma foi assinado há 60 anos pelos seis membros fundadores da então Comunidade Económica Europeia (CEE): Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Holanda e República Federal da Alemanha (Alemanha ocidental).

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