CGD: PSD quer ouvir "com urgência" Centeno e Macedo
O PSD vai chamar de urgência ao Parlamento o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, avança a SIC Notícias.
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Política Caixa
Os sociais-democratas querem explicações sobre alteração de critérios sobre prejuízos da CGD.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, o deputado do PSD Duarte Pacheco disse que a bancada vai requerer a presença de Mário Centeno e de Paulo Macedo na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública "com caráter de urgência".
"Que fique claro, há aqui um agravamento drástico dos resultados e esse agravamento deve ser explicado a todos os portugueses", justificou o deputado.
Segundo os valores avançados pela imprensa desde quinta-feira e que serão hoje apresentados oficialmente pela Comissão Executiva da CGD, o prejuízo registado pelo banco público aproxima-se dos dois mil milhões de euros.
Duarte Pacheco sublinhou que os resultados apurados devem-se a "uma alteração de critérios de avaliação do risco e de créditos já concedidos" e não resultam de "casos novos", exigindo uma explicação sobre os motivos dessa alteração.
"Um agravamento dos prejuízos do banco público significa que os contribuintes poderão ser chamados a intervir mais neste banco, algo que nos pesa a todos", disse.
A intenção do partido da oposição surge pouco depois da conferência de imprensa de António Costa, dada em Bruxelas, onde o primeiro-ministro assegurou que a recapitalização do banco público vai ter luz verde da Comissão Europeia.
Sobre os prejuízos recorde da Caixa, noticiados pela SIC Notícias e que serão hoje oficialmente apresentados por Paulo Macedo, Costa recusou confirmá-los por não querer "criar ruído".
Contudo, garantiu que os números não dizem respeito apenas ao ano passado. "Este valor não é o resultado do exercício de 2016, é o resultado de finalmente terem sido reconhecidas as imparidades que ao longo de anos a Caixa Geral de Depósitos foi acumulando e que não estando reconhecidos como tal não relatavam a verdade sobre a situação financeira da Caixa", disse.
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