Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

"Governo socialista empurra com a barriga os problemas"

Maria Luís Albuquerque deixou uma mensagem de Ano Novo repleta de 'farpas' ao Governo de António Costa.

"Governo socialista empurra com a barriga os problemas"
Notícias ao Minuto

20:55 - 06/01/17 por Inês André de Figueiredo

Política Maria Luís Albuquerque

O início de um novo ano é sempre uma altura de balanços e expectativas”. Foi desta forma que Maria Luís Albuquerque começou um texto da sua autoria divulgado no site oficial do Partido Social Democrata (PSD).

Realçando que se trata de uma “época de resoluções, de boas intenções, de recomeçar”, a antiga ministra das Finanças garante que gostaria que assim fosse na política nacional. “Mas a verdade é que para 2017 não podemos esperar nada de muito novo ou muito diferente do que vimos em 2016”, diz.

“O Governo socialista, seguindo a sua boa tradição, empurra com a barriga os problemas, distribui a riqueza que não cria entre as clientelas do PS, do PCP e do BE, e vai tentando convencer todos que a situação está melhor”, alerta a social-democrata, salvaguardando que “só que os números desmentem a versão da maioria”.

Numa lista onde aponta alguns dos problemas que vê no país, Maria Luís Albuquerque garante que “nada justifica os riscos a que este Governo e esta maioria estão a expor Portugal.

“O crescimento deverá manter-se abaixo do alcançado em 2015 pelo menos até 2019 o investimento público caiu como nunca; o investimento privado, dependente da confiança, não arranca; os pagamentos em atraso aumentam, com as consequências negativas sobre a economia; os serviços públicos estão asfixiados com as cativações, que é como agora se chama aos cortes cegos; os cada vez mais e cada vez mais altos impostos indiretos recaem sobre todos, reduzindo o poder de compra; a dívida pública continua a crescer e os juros aproximam-se perigosamente de níveis insustentáveis”, explica.

A responsável pela pasta das Finanças do governo de Passos Coelho frisa que “a fragilidade da economia e das finanças públicas é evidente para todos”, frisando que “os alertas chegam de todos os lados, mas a maioria faz orelhas moucas e continua como se nada fosse”.

“E vão desvalorizando os avisos e ensaiando o discurso de desculpabilização para os seus próprios fracassos, com a conjuntura externa, as convulsões políticas recentes e previsíveis no curto prazo. Até o BCE, a quem se deve única e exclusivamente o facto de ainda não termos voltado a cair no abismo, acabará responsabilizado quando decidir que já nos deu tempo suficiente para fazer o que tem de ser feito, para levar a cabo as reformas que trariam estabilidade e perspetivas de crescimento ao país”, ressalva.

Desta forma, Maria Luís Albuquerque explica ainda que pouco importa “se a causa imediata dos problemas for interna ou externa, de pouco nos servirá o lamento sobre as injustiças relativas, de que há países que podem tudo e outros que não podem nada”.

“O que faria realmente a diferença seria o Governo e a maioria que o apoia assumirem as suas responsabilidades e prepararem de facto Portugal para um futuro melhor. Por muito que gostasse que este desejo se transformasse em realidade em 2017, já todos percebemos que não será possível. Resta-nos esperar por um futuro melhor lá mais para a frente e que, mais cedo que tarde, haja de facto condições para o preparar”, conclui.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório