OE2017: Mortágua elogia "passos importantes", Meireles condena "ilusão"
Mariana Mortágua e Cecília Meireles discutiram as medidas do esboço de plano orçamental enviado hoje para a Comissão Europeia.
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Política Debate
Num frente-a-frente com Cecília Meireles, Mariana Mortágua defendeu em grande medida a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), entregue hoje à noite pelo Governo a Bruxelas, sem esquecer os pontos de discordância do Bloco de Esquerda.
“Há uma estratégia diferente […] passos importantes que têm de ser reconhecidos e valorizados”, referiu a deputada bloquista em debate na RTP3, admitindo, no entanto, que este Orçamento “também tem cosias negativas”.
A destacar, o que diz ser uma “natureza contraditória”, duas estratégias “que vão encontrar pontos de incompatibilidade".
Isto porque o Orçamento apresentado quer “ao mesmo cumprir as metas de Bruxelas – absurdas e que impõem metas orçamentais absurdas e contraproducentes do ponto de vista económico e social – e ter uma estratégia coerente e agressiva do pronto de vista da devolução dos rendimentos, que aumenta rendimentos e tenha investimento público e invista no serviço público”.
Para Cecília Meireles a proposta de Orçamento e, em especial, o mencionado aumento de rendimentos, “é um exercício de ilusão”.
“Cria-se a ilusão de que as coisas mudam quando fica tudo na mesma”, atirou a vice-presidente do CDS-PP. No caso da devolução de rendimentos, “esses rendimentos voltam aos cofres do Estado por outra via”.
Em resposta à crítica de Cecília Meireles sobre um aumento do número de impostos a ser criado, Mariana Mortágua apontou que existem apenas dois novos impostos - “um é o imposto da Coca-Cola e o outro é o do património de luxo”, isto é a chamada 'fat tax' e o imposto sobre imóveis de luxo.
“Não crescer economicamente é uma forma de não repor rendimentos no privado”, notou a centrista, em tom de conclusão.
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