A candidata Georgieva "de Kristalina não tem nada"
No seu comentário semanal, Manuela Ferreira Leite falou sobre a nomeação súbita de Kristalina Georgieva para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas.
© Getty Images
Política Ferreira Leite
Através de poucas palavras e com muita frontalidade, foi como Manuela Ferreira Leite descreveu a nova candidata a secretário-geral das Nações Unidas. Kristalina Georgieva? “De cristalina não tem nada”, ripostou quando interrogada sobre a mulher.
“Isto será sempre um golpe de secretaria porque a instituição das Nações Unidas não é uma instituição pacífica, isto é, nem toda a gente tem uma boa opinião acerca dela. E, portanto, há quem a considere uma instituição importantíssima a nível mundial e há quem considere que é uma instituição pouco eficiente, tendenciosa e com outros atributos que é melhor não referir”, esclareceu a social-democrata.
Explicando que se “este processo” de votações informais que se realizou até agora “não era importante”, afirmou que então “escusava-se de ter feito e escusava-se de estar a sujeitar um conjunto de pessoas àquele escrutínio”. Pois, se realmente fosse “essencial, então todos teriam que passar por ela”.
Acusando a candidata “de nem arriscar” a sua posição atual como vice-presidente da Comissão Europeia – relembramos que Juncker autorizou que Georgieva suspende-se o seu cargo atual durante um mês -, fez notar que “azar dos azares (…) está a competir com uma pessoa destacada” por todos.
Comentando as razões da nomeação da búlgara, o facto de ser mulher e da Europa da Leste (supostamente dois fatores que eram tidos como essenciais para o próximo secretário-geral), Ferreira Leite foi assertiva: “Isto merece-me um comentário de repulsa. Não consigo entender [o comentário] da Europa do Leste, porque eu pensava que a Europa unida era uma realidade. Afinal, pelos vistos, não é (…). Por um outro lado devo dizer que sempre fui militante contra as cotas das mulheres. Acho algo de insultuoso e até lhes diminui o seu papel”.
Sobre o caso, não deixou de sublinhar que a “própria instituição europeia fica muito mal vista. A Comissão Europeia ao ter-se envolvido neste processo de uma forma tão descarada, não fica bem vista”.
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