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"Não chega poder cair nos braços. Ganham e voltam à oposição"

Luís Marques Mendes afirmou que as rentrées políticas “já não são o que foram no passado quando eram interessantes e marcavam a vida política”. “Agora é mais do mesmo”, acusa.

"Não chega poder cair nos braços. Ganham e voltam à oposição"
Notícias ao Minuto

23:21 - 04/09/16 por Patrícia Martins Carvalho

Política Notícias

O comentador de domingo da SIC debruçou-se, este domingo, sobre os discursos de Passos Coelho, Assunção Cristas e Jerónimo de Sousa proferidos ao longo deste fim de semana que fica marcado pela rentrée política.

Na ótica de Luís Marques Mendes, tanto Assunção Cristas como Pedro Passos Coelho “passaram ao lado de alguns desafios essenciais” nos seus discursos.

No que diz respeito ao PSD, o comentador considera que, com “exceção de uma parte muito interessante sobre a Europa”, o discurso de Passos Coelho “é muito igual” ao que tem vindo a dizer nos últimos meses.

E este “igual” baseia-se na “evocação do passado e na crítica ao presente, faltando a parte do futuro”.

Por esta razão, Marques Mendes deixa um aviso: “Para voltar ao poder, o PSD vai precisar de ter maioria absoluta e para isso não chega confiar no mau resultado de quem está no poder, é preciso apresentar uma alternativa mobilizadora, é preciso gerar esperança”.

Esta esperança, acrescenta, está presente no discurso de Assunção Cristas, embora também considere que a líder do CDS está com um discurso “igual” ao de Passos.

A grande diferença, considera, é no que diz respeito ao futuro: “Assunção Cristas apresenta algumas propostas que vai formular nos próximos tempos em matéria de investimento, educação e natalidade. Aí quis marcar a diferença”.

É mais credível um discurso em que se critica mas também em que se diz o que se faria melhor

Assim, o social-democrata considera que os dois líderes da oposição “passaram ao lado” de temas importantes nas respetivas rentrées, nomeadamente no que diz respeito às eleições autárquicas.

Por tudo isto, Marques Mendes avisa que “não chega que o poder caia nos braços, pois 38 ou 40% dos votos não chega para ter maioria absoluta”.

“Voltam a ganhar, mas voltam à oposição”, alertou os dois partidos.

Relativamente ao PCP, o comentador referiu que no “essencial está tudo bem” com as normais críticas à Direita e os avisos ao PS.

Para Marques Mendes, a “grande questão que se coloca” ao fim da 40ª edição do Avante! é “saber se este foi ou não o último discurso de Jerónimo de Sousa enquanto secretário-geral do PCP”, uma vez que em dezembro se realiza um congresso do partido e se tem falado, ultimamente, na hipótese de surgir uma nova liderança.

“De resto é muito conservador no sentido de ser muito cumpridor dos acordos e, por isso, não vai roer a corda”, remata.

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