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Depois de 40 projetos, PAN quer debater eutanásia

Na sessão legislativa "desafiante" de estreia no parlamento, o deputado do PAN, André Silva, apresentou 40 projetos de lei e de resolução, admitindo sentir-se isolado na defesa de alguns temas e antecipando a aposta no debate sobre a eutanásia.

Depois de 40 projetos, PAN quer debater eutanásia
Notícias ao Minuto

06:15 - 24/07/16 por Lusa

Política André Silva

Nas legislativas de outubro de 2015, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) estreou-se na eleição de um deputado à Assembleia da República e André Silva foi durante a sessão legislativa o único representante de um partido que trouxe novas causas ao debate político, conseguindo a aprovação de iniciativas parlamentares, entre as quais propostas para o Orçamento do Estado para 2016.

Em entrevista à agência Lusa, André Silva fez o balanço da primeira sessão legislativa que agora termina, na qual o PAN apresentou "cerca de 70 iniciativas, sendo 40 projetos de lei e projetos de resolução e 30 de alteração ao Orçamento do Estado".

O deputado admitiu sentir-se "isolado no sentido de por vezes estar a defender assuntos e temas que mais ninguém ou que poucos defendem ou apoiam", gostando de "sentir muito mais apoio e de ver muito mais medidas a serem passadas".

"Mas há um sentimento todos os dias que entro nesta casa [parlamento] que não estou sozinho e que fui eleito por 75 mil votos e que esse apoio é crescente diariamente", acrescentou.

Para a próxima sessão legislativa, André Silva antecipou a aposta no tema da eutanásia, "bastante complexo e delicado", que mereceu a inclusão no programa eleitoral do PAN, em outubro, que foi sufragado pelos portugueses.

"Temos uma responsabilidade acrescida pelo facto de sermos o único partido que temos essa medida no nosso programa eleitoral", justificou.

O deputado do PAN considerou que esta foi uma "sessão legislativa desafiante, com trabalho muito intenso", onde o partido conseguiu "algumas aprovações, como a dedução das despesas médico-veterinárias em sede de IRS, o fim dos canis de abate, finalmente", a primeira medida que deram entrada no parlamento.

"E depois outras medidas muito importantes que marcaram este ano a agenda ambiental, nomeadamente o projeto de resolução que visa o encerramento da central nuclear de Almaraz ou o fim da caça na Serra da Malcata ou um tema como o do petróleo, em que o PAN foi o partido que trouxe o tema pela primeira vez para o parlamento e que entrou com um projeto de resolução", elencou, recordando que nos debates quinzenais, o próprio primeiro-ministro chegou a chamar a atenção para esta insistência no tema.

Sobre o primeiro-ministro, André Silva recordou que António Costa "muitas das vezes não respondeu às perguntas do PAN", tendo sido "visível também ao nível da comunicação social, que muitas vezes disse que o PAN coloca questões difíceis de responder".

No último plenário desta sessão legislativa, o PAN viu serem recusadas as iniciativas que apresentou em relação ao fim dos apoios públicos às touradas, redução do IVA para alimentação dos animais de companhia e um projeto sobre tração animal.

"Há neste momento um desfasamento entre aquilo que é a vontade e os interesses dos partidos e a vontade das pessoas, nomeadamente no caso dos subsídios à tauromaquia que ainda esta semana foi chumbado o seu fim. É incompreensível que isso aconteça", alertou.

André Silva elogiou ainda o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, "uma pessoa que tem demonstrado uma capacidade de trabalho enorme, mas sobretudo uma capacidade de escuta".

"Há uma genuína capacidade de escuta e uma genuína preocupação com aquilo que é agenda do PAN por parte de Pedro Nuno Santos e isso é de valorizar", justificou.

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