Partidos 'falam' mais cedo e recorrem cada mais a números
PSD e PS têm feito questão de realçar as respetivas diferenças políticas, que vão constar dos programas eleitorais. Mas se o conteúdo é diferente, a forma tem cada vez mais semelhanças.
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Política Programas
Os anos de austeridade têm despertado os portugueses para as questões mais económicas. Palavras como défice e recessão passaram a figurar nas conversas. E estas mudanças deverão sentir-se nos programas eleitorais dos partidos. Palavras apenas não vão chegar: será preciso recorrer a números e contas.
Em comum, como realça o Jornal de Negócios, PS e PSD têm já um ponto: ambos os partidos vão antecipar a apresentação dos respetivos programas eleitorais em cerca de dois meses, quando comparado com o que se verificou em 2009 – o último ano em que as legislativas decorreram após o final de um mandato completo, recorde-se. Mas há mais aspetos em comum.
Recorde-se que em 2009 o PS apresentou o programa em finais de julho, com as eleições a realizarem-se em setembro – o PSD só deu a conhecer as suas ideias em agosto. Este ano, o PS volta a antecipar-se, tendo já apresentado as linhas gerais do documento, algo que Passos e Portas farão hoje, em Lisboa, com o programa eleitoral da coligação.
Os últimos anos vão refletir-se no formato dos documentos, que contará com mais números e metas quantificáveis. Os slogans e os compromissos, portanto, não serão suficientes para compor um programa eleitoral. Será preciso apresentar contas.
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