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Governo recua na venda da RTP e avança para reestruturação

O ministro- Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, revelou esta quinta-feira que foi mandatado pelo Governo para iniciar um processo de reestruturação da RTP “ambicioso, exigente e doloroso”, ficando adiado sine die os cenários de privatização ou concessão. O governante justificou a decisão com a quebra "significativa" do mercado publicitário, negando que o parceiro de coligação, Paulo Portas, tenha obrigado o Executivo a optar pela reestruturação, que envolve 42 milhões de euros.

Governo recua na venda da RTP e avança para reestruturação
Notícias ao Minuto

20:28 - 24/01/13 por Joana Ludovice de Andrade

Política Relvas

Em entrevista à RTP, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, anunciou que o Conselho de Ministros decidiu avançar com um processo de reestruturação da televisão pública, que custará 42 milhões de euros aos cofres do Estado, recuando, pelo menos para já, na decisão de privatizar ou concessionar 49% da estação. "Fui mandatado pelo Governo para iniciarmos um processo de reestruturação", afirmou Relvas, avisando que “vai ser um processo ambicioso, exigente e doloroso".

O governante justificou a decisão de colocar em stand by a privatização ou concessão da RTP com a descida "significativa" do mercado publicitário, sobretudo no último ano.

Sobre o eventual despedimento de cerca de 600 trabalhadores, no âmbito do processo de reestruturação, tal como avançou hoje o Diário Económico, Miguel Relvas escusou-se a confirmar a informação. “Não posso confirmar”, disse, notando que “a RTP não está num quadro diferente dos grupos de comunicação privados”, que têm recorrido a despedimentos para cortar custos.

No mesmo comentário, o ministro adiantou que “os portugueses deixarão de pagar a RTP duas vezes [taxa de audiovisual e indemnização compensatória por parte do Estado]”, frisando que a televisão pública “vai ter de viver com taxa do audiovisual e a publicidade”.

Questionado sobre se o adiamento da privatização se devia à oposição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, Miguel Relvas respondeu: “Não é uma derrota pessoal (...) Não há decisões do ministro A ou do ministro B. Este é um Governo de coligação. O que estamos a fazer é respeitar o Programa do Governo”.

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