UGT: Proposta do Governo de 12 dias é "inaceitável e ilegítima"
O secretário-geral da UGT, João Proença, afirmou esta segunda-feira que a proposta do Governo de 12 dias para as compensações por despedimento é “ilegítima, inaceitável e incompreensível”, tendo manifestado as suas preocupações relativas a esta matéria ao Presidente da República, Cavaco Silva, numa reunião que teve lugar esta tarde no Palácio de Belém.
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Política Compensação
“Pedimos duas coias ao Presidente da República: diálogo com o Governo para encontrarmos uma solução para o cumprimento do acordo e que intervenha para reabrir o dossiê”. As palavras pertencem ao secretário-geral da UGT, João Proença, e remetem para a proposta do Executivo sobre as compensações por despedimento, fixadas em 12 dias por cada ano de trabalho.
A delegação sindical foi hoje recebida no Palácio de Belém pelo chefe de Estado, Cavaco Silva, tendo manifestado as suas preocupações face à proposta estabelecida pelo Governo para as indemnizações que, assinalou João Proença, é ilegítima, inaceitável e incompreensível”, afastando-se do compromisso assumido com os parceiros sociais.
O responsável falou mesmo em “renúncia” do acordo firmado por parte do Governo, garantindo ser “falso” que os 12 dias propostos se aproximem da média europeia, tal como é defendido pelo Executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
Assim, garantiu o sindicalista, “não aceitamos que o acordo seja violado”, até porque, frisou, “estamos a falar de pessoas”. João Proença referiu, no entanto, ter esperança de que a proposta de lei não venha a ver a luz do dia, classificando como “positivos” os contactos que tem mantido com os partidos com assento parlamentar, com o próprio Governo e, agora, com Cavaco Silva.
No que diz respeito à hipotética extinção da ADSE, que tem marcado a ordem do dia, João Proença disse que "não é compreensível" que a matéria ainda não tenha sido discutida junto dos sindicatos da Função Pública. Não obstante, acrescentou: "Todos sabemos que a ADSE está a ser mal gerida".
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