Reforma judiciária é "filha da teimosia e da arrogância"
O antigo ministro socialista Pedro Silva Pereira escreve, esta sexta-feira na sua coluna de opinião no Diário Económico, que a implementação do novo Mapa Judiciário foi um ?fiasco colossal? e que a reforma imposta pela ministra Paula Teixeira da Cruz é ?filha da teimosia, da arrogância e da imprudência?.
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Política Silva Pereira
Muito crítico quanto à reforma do sistema judicial e, em especial, no que à ministra da Justiça diz respeito, Pedro Silva Pereira descreve hoje, na sua coluna de opinião do Diário Económico, a implementação da reforma como um “fiasco colossal” que “não pode deixar de ter consequências políticas”, uma vez que foram “duas semanas de catastrófica implementação” da mesma.
Para o ministro do governo de José Sócrates, este “ambiente caótico não podia acontecer e não tinha de acontecer”, pois a ministra da Justiça “recebeu, em devido tempo, vários alertas sobre os riscos inerentes à capacidade da plataforma informática Citius para suportar” a migração de 3,5 milhões de processos e de 80 milhões de documentos.
Pedro Silva Pereira refere que este “caos” tem uma “responsabilidade política”. Primeiro, porque “é puramente política a responsabilidade de verificar se estavam reunidas as condições técnicas necessárias”. Segundo, “é política a responsabilidade por se terem ignorado os avisos sobre as fragilidades do sistema” e ainda é “política a responsabilidade por não se ter assegurado um sistema alternativo”.
Posto isto, o ex-ministro da Presidência garante que “esta reforma é filha da teimosia, da arrogância e da imprudência”.
“A ministra da Justiça quis inovar e impor o seu próprio modelo (…), escolheu também o caminho do isolamento e fez questão de não dar ouvidos a quem queria consensualizar soluções duradouras”, concluiu.
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