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Escolha de Bugalho é "pouco credível" e a de Temido um "desrespeito"

André Ventura considerou que o cabeça de lista do Chega "vai ser o único adulto na sala destas eleições Europeias".

Escolha de Bugalho é "pouco credível" e a de Temido um "desrespeito"
Notícias ao Minuto

16:45 - 29/04/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política André Ventura

O presidente do Chega, André Ventura, considerou, esta segunda-feira, que a escolha de Sebastião Bugalho como cabeça de lista da AD às Europeias é "pouco credível", enquanto a decisão por Marta Temido, do PS, é um "desrespeito para com os portugueses".

Sobre o cabeça de lista do Chega, António Tânger Correa, Ventura referiu estar "muito contente". "Fui eu que escolhi, por isso estou muito contente. Foi uma escolha minha, tomada em consideração", garantiu.

"É o vice-presidente do Chega, que é reconhecido há muitos anos, com muita experiência. Arrisco-me a dizer que vai ser o único adulto na sala destas eleições Europeias, visto que outros estão longe disso e apresentaram candidaturas caricatas ou pouco credíveis", afirmou em declarações à CNN Portugal junto ao Tribunal Constitucional.

Sobre as escolhas de Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos para encabeçar as respetivas candidaturas, Ventura considerou que a escolha da "AD pouco credível e a do Partido Socialista, honestamente, um desrespeito para com os portugueses".

"Uma ministra que sai depois da morte de um bebé, de uma grávida que não conseguiu ter o bebé. De ter deixado a saúde no estado em que está. A escolha do PS não podia ser pior", reiterou.

Para André Ventura, as Europeias não vão ser "uma segunda volta das Legislativas, como queria Montenegro", mas sim "uma clarificação do que aconteceu a 10 de março". "Espero que o Chega tenha uma grande vitória", disse.

Questionado acerca das declarações do primeiro-ministro que desafiou o PS e o Chega a dizerem se queriam fazer um "Governo alternativo", Ventura considerou que Montenegro "labora num erro". "O PS e o Chega devem fazer uma coisa como todos os partidos que é cumprir as promessas eleitorais. Quem se desviou das promessas eleitorais foi o Luís Montenegro, que disse que iria fazer a maior devolução fiscal do nosso tempo e tinha um remendo fiscal. Então o Chega e outros partidos tiveram de vir corrigir isso", garantiu André Ventura.

"Queria devolver rendimentos às famílias e até agora nada. Queria resolver o problema dos polícias, até agora nada. Queria resolver o problema dos professores e até agora nada", disse Ventura sobre a governação de Montenegro. Para Ventura, Montenegro não consegue governar bem e por isso acha que "a melhor coisa é dizer: atenção o PS e o Chega estão juntos".

"O que ele quer dizer é 'eu não consigo fazer melhor e os outros estão a fazer melhor no Parlamento'", esclareceu. 

André Ventura indicou que "o Chega não vai deixar de ter iniciativa, de cumprir as suas promessas eleitorais unicamente porque o PSD não o quer fazer".

"Se o PSD desistir de governar para as pessoas, se o PSD desistir de cumprir promessas eleitorais, o Chega não quer saber quem é que volta ao seu lado, o Chega quer é tornar a vida das pessoas melhor", indicou.

Ventura disse também que o seu partido não alinha numa tentativa de "criar uma crise a qualquer preço" ou numa "vitimização 'a la Cavaco Silva'".

No domingo, Luís Montenegro desafiou também o Chega a "explicar porque é que anda de braço dado na Europa com partidos franceses, italianos, alemães que defendem o regime russo de Putin".

Questionado sobre estas declarações, Ventura considerou que foi "muito infantil" da parte do primeiro-ministro e salientou que "o Chega tem sido, desde o início, o partido em Portugal mais ou dos mais veementes na condenação da Rússia".

"Eu recordo que foi o Chega que levou ao parlamento o projeto de resolução para condenar a Rússia como Estado terrorista, o PSD do doutor Luís Montenegro votou contra", argumentou.

Dizendo estar "muito à vontade nessa matéria", o líder do Chega defendeu que "muitos dos partidos do ID [família política europeia do seu partido] que estão no governo têm feito mais pelos refugiados ucranianos do que todos os amigos do doutor Luís Montenegro e os amigos do doutor Pedro Nuno Santos", como "é o caso de Itália".

E acusou o presidente do PSD de querer "desviar as atenções".

Sobre as declarações do Presidente da República, que sugeriu uma reparação às ex-colónias, o Chega quer fazer um voto de condenação a Marcelo. "O Parlamento não se revê nestas palavras. Nós não devemos reescrever a história", explicou André Ventura, que afirmou ainda que "a história é o que é" e que o "Presidente é que está mal".

[Notícia atualizada às 17h48]

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