A vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Margarida Balseiro Lopes, condenou a posição tomada pelo líder do Chega, André Ventura, depois de o parlamentar de extrema-direita ter considerado que o ataque desta terça-feira no Centro Ismaili de Lisboa se deveu à “política de portas abertas sem qualquer controlo”. Nessa linha, a social-democrata acusou Ventura de se apressar a “acicatar ódios e de forma oportunista fazer política com a desgraça alheia”, naquilo que classificou como “miserável”.

“Sem conhecer os contornos ou as motivações que levaram a este ataque hediondo, há quem se apresse em acicatar ódios e de forma oportunista fazer política com a desgraça alheia. Miserável”, escreveu a vice-presidente do PSD, na rede social Twitter.

Em causa estavam as declarações do líder de extrema-direita, que apontou que “a política de portas abertas sem qualquer controlo deu nisto”.

“O sangue destas vítimas é responsabilidade do criminoso afegão, mas está nas mãos do Governo de António Costa”, acusou, na mesma rede social.

De notar o primeiro-ministro já manifestou pesar pelas duas vítimas mortais na sequência do ataque no Centro Ismaili de Lisboa, e considerou prematuro antecipar motivações "deste ato criminoso".

Sem conhecer os contornos ou as motivações que levaram a este ataque hediondo, há quem se apresse em acicatar ódios e de forma oportunista fazer política com a desgraça alheia. Miserável. https://t.co/ieO0hgzn0w

— Margarida B Lopes (@margaridalopes) March 28, 2023

Em declarações aos jornalistas momentos antes de discursar nas Jornadas Parlamentares do PS, em Tomar, distrito de Santarém, António Costa expressou à comunidade ismaelita, às famílias das vítimas, a sua solidariedade e pesar.

"Quero registar a pronta intervenção da PSP, que permitiu a detenção do suspeito que está, neste momento, [...] recebendo cuidados médicos. É obviamente prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso. Devemos aguardar que as autoridades procedam às necessárias investigações", frisou o primeiro-ministro.

Recorde-se que duas pessoas morreram hoje de manhã no Centro Ismaili em Lisboa após um ataque com uma arma branca, tendo o suspeito sido detido. O incidente deixou ainda vários feridos, dois dos quais em estado grave, segundo fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

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