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Presidente da Câmara do Funchal apela ao bom senso dos vereadores

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, assegurou que se manterá em funções "independentemente do que acontecer", apelando ao bom senso dos vereadores divergentes da sua equipa para resolver a crise instalada no executivo.

Presidente da Câmara do Funchal apela ao bom senso dos vereadores
Notícias ao Minuto

21:57 - 15/05/14 por Lusa

Política Paulo Cafôfo

"Quero afirmar claramente que, independentemente do que aconteceu e acontecer, não abandonarei os funchalenses, não irei desistir do projeto da [coligação] 'Mudança'", disse o autarca numa declaração sem direito perguntas, no salão nobre da Câmara do Funchal, ovacionado por dezenas de autarcas e apoiantes que marcaram presença.

Paulo Cafôfo (eleito em setembro de 2013 pela coligação PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN) sublinhou que o seu objetivo é "encontrar soluções para liderar e exercer o compromisso com os funchalenses" e as competências como presidente da câmara.

O autarca criticou a atitude dos vereadores da sua equipa, explicando que na origem do problema está a redistribuição que decidiu fazer dos pelouros, depois de concluir que em algumas "áreas específicas de atuação as coisas não estavam a correr da melhor maneira".

Paulo Cafôfo disse que a polémica começou quando o vereador Gil Canha recusou ficar sem os pelouros do Planeamento Estratégico e a Fiscalização Municipal e explicou que neste último caso "estavam a tornar-se insustentáveis as reclamações dos pequenos comerciantes, dos vendedores e pessoas que todos os dias pediam oportunidades, licenças ou espaço para exercer uma atividade económica".

O autarca referiu que este vereador acabou por exigir a retirada de todas as competências e que, apesar de concordarem com as alterações propostas, passados alguns dias também a vice-presidente, Filipa Jardim Fernandes, e o vereador Edgar Silva manifestaram a sua intenção de abandonar os pelouros atribuídos.

"Esta atitude coloca em causa as legítimas expectativas dos cidadãos, o cumprimento integral do compromisso assumido com os eleitores que votaram na mudança e a própria governabilidade da Câmara do Funchal", salientou.

Paulo Cafôfo realçou que este abandono "causará significativos prejuízos à gestão autárquica, fazendo-os incorrer em responsabilidade pessoal, e não configura de modo algum a atitude certa de um eleito que se comprometeu com um projeto".

O autarca destacou que a intenção de os vereadores abandonarem os cargos sem renunciar aos mandatos, participando apenas nas reuniões do órgão, "impossibilita de todo a sua substituição por outros da lista da coligação Mudança".

"Com esta atitude poderá pôr-se em causa o bom funcionamento da Câmara Municipal do Funchal, porque não é razoável nem legítimo esperar que a gestão de uma câmara com a dimensão da do Funchal possa ser exercida apenas por dois eleitos", observou.

Paulo Cafôfo destacou que não foi revogada "nenhuma das competências" atribuídas aos vereadores, pelo que se "mantêm na plenitude das suas funções" e apelou ao seu "bom senso para manter uma equipa de quatro elementos a gerir a câmara".

A coligação "Mudança" destronou nas últimas autárquicas o PSD, que há 38 anos governava a cidade, conquistando cinco de 11 mandatos, enquanto os sociais-democratas ficaram com quatro lugares. O CDS-PP e CDU ficaram com um representante cada.

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