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PAN alerta para consequência e PEV diz que resposta não pode ser militar

O PAN alertou hoje para as consequências da ação militar da Rússia contra a Ucrânia, considerando que é um "dia de pesar" para a democracia, enquanto o PEV criticou a NATO e defendeu que a resposta "não pode ser militar".

PAN alerta para consequência e PEV diz que resposta não pode ser militar
Notícias ao Minuto

23:13 - 24/02/22 por Lusa

Política conflito russo-ucraniano

"Hoje é, de facto, um dia de pesar para a história europeia e para a paz internacional, hoje é um dia de pesar para a democracia", afirmou a porta-voz do PAN na Assembleia da República, na sua intervenção no debate na Comissão Permanente com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sobre a invasão da Ucrânia pelas tropas russas, durante a madrugada.

Inês Sousa Real condenou "de forma veemente os atos hostis e bélicos da Rússia para com o povo ucraniano" e manifestou a "mais profunda solidariedade e a vontade de que a via diplomática não esteja totalmente inviabilizada e que em breve possam ser retiradas todas as forças militares do território ucraniano".

A deputada acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de "trazer uma guerra e desestabilização para o seio do continente europeu com consequências económicas imprevisíveis, mas também uma clara violação dos direitos humanos" .

E saudou que Portugal esteja de "braços abertos para acolher todos os cidadãos ucranianos que precisem de refúgio".

"Hoje somos todos ucranianos. Aliás, a guerra que a Rússia abriu não foi apenas à Ucrânia, é a todo e qualquer povo que se encontre no espetro democrático e que possa ousar fazer-lhe frente", apontou a deputada, considerando que "a gravidade desta postura exige por isso ação imediata mas também união da comunidade internacional".

Inês Sousa Real questionou também o ministro dos Negócios Estrangeiros quanto ao congelamento de bens dos oligarcas russos e se serão revistas as condições e os vistos 'gold' já atribuídos.

No debate, a deputada Mariana Silva, do PEV, condenou a ação da Rússia e pediu o fim do conflito, defendendo que "nada justifica a guerra e a perda de vidas humanas", e manifestou solidariedade para com o povo ucraniano.

Quanto à reação de Portugal e da União Europeia, Mariana Silva considerou que "não pode ser militar", mas deve seguir a via diplomática, alertando para o "risco agravado de uma escalada sem precedentes".

Já no que toca à Aliança Atlântica, a deputada do Partido Ecologista 'Os Verdes' argumentou que a organização "é promotora da guerra e da indústria militar, servindo os princípios expansionistas e imperialistas dos EUA" e defendeu que "Portugal e o Governo português não podem alinhar com as políticas belicistas e expansionistas da NATO e dos EUA".

PAN e PEV questionaram também Augusto Santos Silva quanto ao tratado de proibição de armas nucleares, mas o ministro disse que enquanto estiver no cargo Portugal não irá aderir, sustentando que Portugal integra a NATO, uma "aliança com capacidade nuclear".

Apontando que "não há melhor dia para compreender", o governante questionou "o que seria hoje se a NATO não tivesse uma capacidade de dissuasão nuclear".

Na resposta aos dois partidos, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou que "aquelas personalidades russas ou luso-russas que façam parte da lista de personalidades sancionadas pela União Europeia" têm os seus "ativos financeiros congelados em Portugal e deixam de ter liberdade de movimentos em Portugal ou no espaço europeu".

Quanto aos vistos 'gold', explicou que "as autorizações de residência para investimento não são atribuições de direitos de cidadania em Portugal, muito menos vias verdes de nacionalidade".

O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu ainda que "não basta dizer que nós somos pela paz e contra a guerra quando alguém está a fazer a guerra", é preciso "denunciar a guerra que pessoas fazem e não tentar essa espécie de equivalência em que, como todos têm culpa, os culpados são desculpados".

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