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Distrital do PSD fala em "resultado muito preocupante" em Viseu

O presidente da distrital de Viseu do PSD disse hoje à agência Lusa que o resultado do partido "é muito preocupante", que deve ser feita uma "reflexão profunda" para planificar o futuro e admitiu esperar que "isto tenha sido apenas um acidente".

Distrital do PSD fala em "resultado muito preocupante" em Viseu
Notícias ao Minuto

15:28 - 31/01/22 por Lusa

Política Legislativas

um resultado muito preocupante. Estávamos a sair de uma vitória nas eleições autárquicas, com uma recuperação da implementação do partido, a recuperar a maioria das câmaras do distrito, com mais mandatos nas assembleias municipais e de freguesia e, de repente, há uma interrupção", considerou Pedro Alves.

Este responsável defendeu à agência Lusa que, neste sentido, "o partido tem de fazer uma reflexão profunda sobre tudo o que aconteceu e, para futuro, planificar e planear de modo a dar continuidade ao trabalho que foi feito anteriormente e que isto tenha sido apenas um acidente e para o qual é preciso rapidamente encontrar soluções".

Nos 24 concelhos do distrito de Viseu, o PS ganhou em 17, incluindo a capital de distrito, que é presidida pelo social-democrata Fernando Ruas.

O PSD saiu vitorioso nos concelhos de Armamar, Castro Daire, Oliveira de Frades, Sátão, Sernancelhe, Tarouca e Vila Nova de Paiva com 36,79% do eleitorado de um distrito que ganhou o epíteto de "cavaquistão" devido às maiorias absolutas conseguidas no tempo de Cavaco Silva.

Além de Hugo Carvalho, o PSD terá na Assembleia da República a representar o distrito de Viseu António Guilherme Almeida, Cristiana Ferreira e Hugo Maravilha.

Para estas eleições, o PSD apostou na mudança, com uma lista encabeçada por Hugo Carvalho, que era deputado da Assembleia da República desde 2019, pelo círculo do Porto, tendo ficado de fora Pedro Alves, que nas mais recentes eleições internas dos sociais-democratas apoiou Paulo Rangel.

Questionado sobre as causas que levaram a esta derrota, o presidente da distrital não quis "personalizar a questão" sobre o apoio que deu nas diretas ou de ter deixado de fazer parte da lista, mas lembrou que "é hábito dentro do partido haver transições naturais com alguma continuidade de trabalho feito, mas foi uma opção do presidente" do partido.

Apesar de considerar que "não terá sido razão suficiente", assumiu que "a verdade é que há uma opção estratégica que consistiu numa renovação completa do distrito e o resultado também está à vista".

"É essa reflexão que o partido tem de fazer internamente, perceber que a definição e o posicionamento estratégicos feitos ao longo destes anos resultaram nestes números e temos todos de perceber bem se foi uma questão de escolha de equipas, por uma questão de mensagem ou outra", apontou.

Neste sentido, defendeu que "essa reflexão tem de ser feita em conjunto, com cada um a assumir as suas responsabilidades em todo este processo de organização estratégica e de posicionamento e depois fazer as opções e o partido terá certamente condições para se reabilitar e reorganizar".

"Tenho a minha avaliação e reflexão que irei fazer em primeira mão à minha comissão política e aos órgãos do partido", reagiu, quando questionado sobre a sua posição.

O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.

Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.

O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.

A abstenção desceu para os 42,04% depois nas legislativas de 2019 ter alcançado os 51,4%.

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