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Moedas pede união e "inconformismo" e diz a Rio que "não está sozinho"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu hoje ao PSD que vá para as legislativas unido e com um "inconformismo moderado", sem extremistas, e disse a Rui Rio que "não está sozinho".

Moedas pede união e "inconformismo" e diz a Rio que "não está sozinho"
Notícias ao Minuto

17:28 - 18/12/21 por Lusa

Política PSD/Congresso

Carlos Moedas discursou hoje perante o 39.º Congresso do PSD e recebeu a primeira grande ovação da sala do Europarque, que finalmente quase encheu ao fim de um dia de trabalhos.

"As pessoas estão desiludidas com aqueles que querem o poder pelo poder. Só votarão em nós se estivermos unidos. Porque só unidos geramos confiança", defendeu, agradecendo quer a Rui Rio a confiança que sempre teve em si, quer a Paulo Rangel por "tudo o que fez" por si desde a primeira hora.

Este agradecimento aos dois protagonistas das últimas diretas mereceu dos primeiros gritos "PSD, PSD" que se ouviram desde o arranque da reunião, na sexta-feira à noite.

No entanto, o antigo secretário de Estado de Passos Coelho - outro nome que mereceu muitos aplausos do Congresso - avisou que "a união não é suficiente".

"Temos que ser concretos e inconformados contra um poder que anestesia o país. Ser um inconformista moderado é vencer sem alianças com os extremos", disse, num recado implícito sobre a recusa entendimentos eleitorais com o Chega, que excluiu da coligação "Novos Tempos" que venceu as autárquicas.

Moedas apelou ao partido que corra o risco "de querer mudar" e citou Rui Rio, que já disse que sozinho é impossível fazer reformas".

"E tem toda a razão. Mas Rui Rio, quero aqui dizer-lhe, alto e bom som, que não está sozinho. Tem um partido inteiro atrás de si. Tem um país ávido de mudança consigo", afirmou.

Moedas disse que, com Rio, estão também "os quase três milhões de votos do professor Cavaco Silva, em 1991" e "os mais de dois milhões de votos de Pedro Passos Coelho, em 2011", bem como "os dois milhões e meio de votos do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, este ano".

"Estamos prontos ou não estamos prontos? Assim como mudamos Lisboa vamos mudar o país", apelou, recebendo nova ovação de pé do Congresso.

Num discurso de apenas dez minutos, Moedas - que esteve sentado ao lado de Rio antes de discursar - começou por citar "um grande líder" do PSD, Cavaco Silva, que disse que "prestar contas é um imperativo de quem exerce cargos públicos".

"E é isso que aqui hoje venho fazer: prestar contas, agradecer-vos tudo o que fizeram por mim e deixar-vos um humilde conselho de quem ganhou umas eleições em condições muito difíceis. E em que poucos acreditavam", afirmou.

Da sua experiência em cargos públicos, Moedas destacou "uma crença inabalável na democracia ? e não nos populismos ?, na Europa ? e não nos extremismos ?, na mudança ? e não nos imobilismos".

Entre os vários conselhos que deixou a Rio, Moedas frisou que é preciso "mudar sem destruir, mostrar às pessoas que elas contam, é não ser arrogante e sobranceiro, é ser humilde na liderança", e pediu respostas concretas.

"Para que as pessoas mais idosas possam ir ao médico em vez de falar de saúde pública ou privada. Para oferecer aos mais novos e mais velhos transportes públicos gratuitos que reduzam a poluição da cidade em vez de falar conceitos vagos e impor soluções às pessoas que elas não compreendem. Para reduzir impostos e taxas que asfixiam a nossa economia e qualidade de vida dos portugueses", exemplificou.

Carlos Moedas apelou a que o PSD saia deste Congresso "com ideias concretas que mudem a vida das pessoas, sem medo nem hesitações".

"Eu acredito que será essa união, que será esse inconformismo moderado que nos pode levar à vitória (...) É com essa força que ganharemos o país, como ganhámos Lisboa, como ganhámos Portalegre, como ganhámos Coimbra, como ganhámos o Funchal, como ganhámos Barcelos", considerou.

Leia Também: Legislativas. Moedas espera que vitória em Lisboa ajude a catapultar PSD

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