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Setúbal: Oposição vê saída de Dores Meira como hipótese de destronar CDU

A saída obrigatória de Maria das Dores Meira da presidência da Câmara de Setúbal, por já ter cumprido o máximo permitido de três mandatos consecutivos, abre uma janela de esperança aos partidos da oposição nas próximas eleições autárquicas.

Setúbal: Oposição vê saída de Dores Meira como hipótese de destronar CDU
Notícias ao Minuto

21:30 - 16/06/21 por Lusa

Política Autárquicas

O PSD, atual terceira força política do concelho, aposta na notoriedade do deputado Fernando Negrão, que foi responsável pelo melhor resultado de sempre dos sociais-democratas em Setúbal, quando obteve 25,43% dos votos nas autárquicas de 2005.

O PS também aposta num deputado, Fernando José, que, tal como Fernando Negrão, já foi vereador da Câmara de Setúbal.

Em anteriores atos eleitorais, apenas CDU, PS e PSD têm reunido os votos necessários para garantir a eleição de vereadores no município sadino. Porém, na corrida surgiram ainda como cabeças de lista, até hoje, Carlos Cardoso (IL), Luís Maurício (Chega), Carina Deus (RIR/PDR), Fernando Pinho (BE), Pedro Conceição (CDS-PP) e Fidélio Guerreiro (movimento 'Amar Setúbal' e ex-militante do PS).

Vencer as eleições é também o objetivo da CDU, que governa o município com maioria absoluta e assume a aposta na continuidade com a candidatura do também ex-deputado do PEV André Martins, atual presidente da Assembleia Municipal, num concelho de grande importância em termos industriais, mas que continua a ser também um dos mais vulneráveis do país em tempo de crise.

Com uma zona industrial de relevo, com destaque para a presença de grandes empresas exportadoras como a Navigator, Lisnave e Secil, o concelho de Setúbal é também cada vez mais um destino turístico.

Com uma aposta clara na recuperação de vários equipamentos, de que são exemplo o antigo Quartel do Onze, Fórum Municipal Luísa Todi e o Mercado do Livramento, entre outros, e, mais recentemente, do Convento de Jesus, monumento nacional onde foi assinado o Tratado de Tordesilhas, Setúbal ganhou uma nova dimensão turística nas últimas décadas.

A par da requalificação e valorização de diversos equipamentos sociais e culturais, a cidade beneficiou de alterações significativas nas vias rodoviárias, do embelezamento dos espaços públicos e da requalificação da frente ribeirinha.

Por outro lado, Setúbal continua a deparar-se ciclicamente com elevadas taxas de desemprego. Trata-se de uma realidade que não afeta apenas o concelho, mas toda a península de Setúbal, e que se reflete também no elevado número de pessoas que se veem obrigadas a recorrer frequentemente ao apoio de instituições.

A degradação progressiva na prestação de cuidados de saúde, face ao subdimensionamento dos postos de saúde e, principalmente, do Hospital de São Bernardo e do respetivo serviço de urgência, que muitas vezes reencaminha os doentes para outras unidades hospitalares por falta de recursos humanos para uma consulta de oftalmologia, otorrinolaringologia e outras especialidades médicas, é outro problema grave.

O Governo já anunciou a construção de três novos postos de saúde em Setúbal e inscreveu uma verba de 17,5 milhões de euros no Orçamento de Estado de 2021 para a ampliação do Hospital de São Bernardo, mas nenhuma das obras arrancou até ao início de junho deste ano.

Com uma área global de 230 quilómetros quadrados e uma população residente de 115.442 habitantes (dados de 2019, Pordata) distribuídos pelas cinco freguesias, o concelho é um dos nove municípios da península a que dá o nome e parte integrante da Área Metropolitana de Lisboa.

De acordo com dados da plataforma Eyedata relativos a 2019, 22,26% da população de Setúbal tinha 65 ou mais anos e havia no concelho 5,18 médicos por mil habitantes, pouco menos do que a média nacional (5,39).

O rendimento médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era, em 2018, de 1.181,20 euros, ligeiramente acima da média nacional (1.168,42 euros). 

A Câmara de Setúbal é governada por uma maioria absoluta da CDU, com sete eleitos liderados por Maria das Dores Meira, o PS tem três vereadores e o PSD tem um.

Por lei, as eleições autárquicas decorrem entre 22 de setembro e 14 de outubro, mas a data deste ano ainda não foi anunciada.

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