Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

Chega considera que voltar atrás no desconfinamento pode ser trágico

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que "Portugal não aguenta voltar atrás no desconfinamento" e que isso "pode ser triplamente trágico", embora ressalvando que "a saúde está sempre em primeiro lugar".

Chega considera que voltar atrás no desconfinamento pode ser trágico
Notícias ao Minuto

17:49 - 22/06/20 por Lusa

Política André Ventura

André Ventura falava aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após uma reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que está a ouvir os partidos políticos com assento parlamentar sobre o Orçamento Suplementar para 2020 e o Programa de Estabilização Económica e Financeira do Governo.

A propósito do aumento do número de casos de covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, o presidente e deputado único do Chega afirmou que "Portugal não aguenta voltar atrás no desconfinamento numa altura em que toda a Europa está a desconfinar".

"Estaríamos a confinar em contraciclo. Se já foi trágico nos primeiros meses do confinamento, pode ser triplamente trágico agora", considerou.

Para o Chega, no entanto, "a saúde está sempre em primeiro lugar", há que "ouvir os especialistas" e "se for necessário voltar atrás, tem de se voltar atrás".

"Mas é uma decisão que não pode ser tomada com a pressa, com a leviandade e com o contraciclo que foi a primeira", acrescentou André Ventura.

O presidente do Chega acusou Governo de ter prejudicado "a imagem de Lisboa a nível internacional" com a sua "incapacidade de comunicação" e alegou que "a situação em termos de capacidade hospitalar" na região "está a deteriorar-se muito significativamente".

André Ventura adiantou que "não avançaria, para já, com cercas sanitárias, sem ter a informação toda".

Em relação ao Orçamento Suplementar para 2020, o presidente do Chega disse ter transmitido ao Presidente da República as razões para o voto contra o diploma do Governo "e que se prendem com a inexistência de uma estratégia efetiva que possa acautelar os riscos da crise" atual.

O deputado defendeu que deveria haver "uma estratégia de almofada em relação à situação fiscal e financeira do país" e que o Governo, com este Orçamento, se limita a "ficar à espera de mão estendida que venha o dinheiro da Europa para cobrir a falta de liquidez".

"Arriscamos a estar daqui a uns meses a ter as mesmas soluções que tivemos há nove anos com a crise", sustentou.

De acordo com o relatório de hoje da Direção-Geral da Saúde, desde domingo registaram-se mais quatro mortes com covid-19 e mais 259 infetados, a maioria na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde tem surgido a maioria dos novos casos.

Em Portugal, os primeiros casos desta doença provocada por um novo coronavírus foram confirmados no dia 02 de março e já morreram 1.534 pessoas num total de 39.392 casos contabilizados.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório